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“Democrata de ideias claras”, diz presidente da Câmara sobre ex-governador

Publicado em 13/02/2018 10h25

“Democrata de ideias claras”, diz presidente da Câmara sobre ex-governador

Correio do Estado

“Líder político”. É assim que o vereador João Rocha, presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, define a trajetória do ex-governador Wilson Barbosa Martins, que faleceu nesta terça-feira, aos 100 anos. “Foi um democrata de ideias claras”, disse Rocha.

O vereador teve a oportunidade de trabalhar no Governo do Estado de Mato Grosso do Sul durante a gestão de Wilson Barbosa Martins, como secretário da Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte), entre os anos de 1995 e 1998.

Neste período, Rocha pôde conhecê-lo melhor. “Foi uma pessoa que sempre tivemos o maior respeito e alguém em que me espelhei como político”, disse o presidente da Câmara, lembrando da importância do ex-governador para o cenário político nacional. “Ele fez parte da história da democratização do Brasil, sendo senador em um período importante para o país”.

HISTÓRIA

Wilson Barbosa Martins nasceu no dia 21 de junho de 1917 na Fazenda São Pedro, região da Vacaria, que pertenceu a Campo Grande, e hoje faz parte do município de Rio Brilhante. Formou-se em Direito na Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, e teve como colegas Ulysses Guimarães, José Fragelli, entre outras figuras ilustres.

Em 1946, exerceu o cargo de secretário-geral da Prefeitura de Campo Grande, na administração do prefeito Fernando Correa da Costa (que também foi governador de Mato Grosso). Em 1958, foi eleito prefeito da cidade, substituindo Marcílio de Oliveira Lima. No período da sua administração, concurso promovido pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e revista “O Cruzeiro”, elegeu Campo Grande como um dos cinco municípios de maior progresso no Brasil.

Filiado à UDN, foi eleito deputado federal pelo estado do Mato Grosso em 1963. Quando do advento do bipartidarismo no País, aderiu ao MDB, que ajudou a fundar. Reeleito em 1966, foi cassado pelo Ato Institucional número 5 em 7 de fevereiro de 1969, tendo seus direitos políticos suspensos por 10 anos.

Em 1982 retornou à cena política elegendo-se governador do Estado, pelo MDB o primeiro eleito pelo voto direto para governar Mato Grosso do Sul. Em 1987 foi eleito senador e em 1994 voltou ao posto de governador, repassando o cargo para Zeca do PT em janeiro de 1999.

Valdenir Rezende

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