Publicado em 08/06/2017 20h24
CGU aponta desvios milionários no HU de Campo Grande
Desvios passam de R$ 2 milhões, diz CGU. Direção do hospital informou que mudou procedimentos de controle conforme indicou CGU e MPF.
G1 MS
Precisando de dinheiro e, ao mesmo tempo, tendo verbas públicas desviadas. Esta foi a conclusão da Controladoria-Geral da União (CGU) em apuração feita nas contas do Hospital Universitário de Campo Grande (HU).
Uma análise dos dados da gestão entre 2013 e 2015 encontrou desvios que passam de R$ 2 milhões. O que torna ainda mais grave essa suspeita é que o HU já opera com déficit todo mês e tem necessidade de obras.
Em nota, a direção do hospital informou que a nova gestão mudou os procedimentos de controle a partir das indicações da CGU e do Ministério Público Federal, e que criou cinco comissões de investigação interna para apurar responsabilidades.
Se for obrigado a devolver o dinheiro aos cofres públicos, os novos gestores pretendem cobras, na Justiça, os antigos administradores.
A unidade coronariana, por exemplo, está fechada há dois anos e foi lacrado pela Polícia Federal (PF). Há suspeita de superfaturamento. A obra dobraria a capacidade de atendimento de pacientes cardíacos.
Vários equipamentos, como macas e até incubadoras para bebês prematuros, estão desativados. Outra ala, que passaria por reformas foi a enfermaria pediátrica, mas faltou dinheiro.
O centro cirúrgico seria ampliado: passaria de cinco para dez salas. É outra obra que está parada desde 2015. O HU é mantido pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e acertou um aumento dos repasses da prefeitura e do governo do estado, que chega a R$ 1 milhão por mês. Mesmo assim, opera com prejuízo de R$ 700 mil mensais.
