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Em Audiência, ciclistas relatam as necessidades para o desenvolvimento do ciclismo em Campo Grande

Publicado em 30/08/2017 11h45

Em Audiência, ciclistas relatam as necessidades para o desenvolvimento do ciclismo em Campo Grande

CMCG

A Câmara Municipal de Campo Grande realizou na noite desta terça-feira (29), Audiência Pública para discutir sobre o ciclismo na Capital. O evento contou com a concentração de um grupo de ciclistas, que saiu da Praça do Rádio e, pedalou até a Casa de Leis para debater as melhorias necessárias para o desenvolvimento com segurança do ciclismo em Campo Grande.

Para o vereador André Salineiro, proponente da Audiência, “Quando conheci esta causa, vi que há muita coisa para se fazer, não sou ciclista assíduo, mas tenho um grande respeito pela causa, para fazer ações para uma área basta se agarrar nesta causa e acreditar nas pessoas que defendem o projeto. Estou aqui para ouvir, estamos em uma fase crucial, que é a inauguração do Plano Diretor, olha a importância de discutirmos isto agora. Sabemos da importância da manutenção e ligação das rotas das ciclovias, da criação de bicicletários em órgãos públicos e privados, entre outras melhorias, daqui sairá um documento, iremos marcar um novo pedal para entregar ao Executivo um relatório das reais necessidades para o desenvolvimento do ciclismo com segurança em Campo Grande”, afirmou.

De acordo com o ciclista Luxemburgo: “Há dois anos comecei a pedalar e isto mudou meu conceito de valores, temos que pensar no grupo, temos muito o que fazer daqui para frente, somos uma das cidades que mais tem ciclovias no Brasil, mas que ainda não estão interligadas, temos que agradecer o que temos e brigar pelo o que não temos”, salientou.

Segundo o ciclista e representante do Paraná Bike, Sergio Paraná, “Nós estamos aqui para tentar de novo, o caminho é difícil, mas nós precisamos nos unir para mostrar que temos força, se aqui não adiantar, nós devemos seguir um caminho para conseguir trazer melhorias”, alegou.

Para Simone Mamed, representante do Projeto Bicicleta nos Planos, os ciclistas são invisíveis no trânsito, “Nós, ciclistas, somos invisíveis no trânsito. As ciclovias estão sem estrutura nenhuma na Afonso pena, não queremos apenas ciclovias, queremos manutenção das ciclovias, nossa luta é por uma cidade para as pessoas, não para os seus motores e carros, nossa luta é para que possamos ter mais amor e uma cidade mais sustentável, precisamos incluir no plano diretor a bicicleta como uma ferramenta de inclusão, proporcionando uma cidade para todos, para os pedestres, ciclistas e motoristas, para que possamos ter uma cidade harmônica”, avaliou.

De acordo com o Prefeito Municipal de Campo Grande, Marquinhos Trad, está previsto uma ordem de serviço que permitirá a criação de 6.9 km de ciclovias e 4 km de ciclofaixas, “nos últimos anos nenhum quilômetro de ciclovia foi construído, temos um planejamento para ordem de serviço de 6.8 km de ciclovias e 4 km de ciclofaixas. Tenho certeza que o vereador André Salineiro depois de toda oitiva da Mesa, principalmente da vivência dos ciclistas, irá elaborar um relatório de todas as necessidades para um ciclismo com segurança na Capital, o que for possível iremos executar”, afirmou.

O representante da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Silvio Lobo, destacou a importância da audiência para debater as reais necessidades para o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, “na medida em que cada um utiliza dessas vias, estão com conhecimento das dificuldades existentes e podem contribuir com o processo de planejamento para a utilização desse meio de transporte com mais segurança, com mais viabilidade e sustentabilidade. As políticas públicas nesta área são importantes na medida que procedem nesse movimento de troca entre poder público e a sociedade”, disse.

Já a ciclista Maristela, reforçou a ideia de que os ciclistas são invisíveis no trânsito, “somos invisíveis no trânsito, por não estarmos em um carro, somos invisíveis, me desloco mais de 25 km, tenho que estar com os olhos na frente, atrás, na lateral. Quando que os órgãos públicos e privados estarão de fatos habilitados para nos receber, quando serão restauradas as ciclovias”, cobrou.

O vereador Eduardo Romero, que desde 2003 defende a bandeira da mobilidade urbana, explicou: “junto com os nossos colegas, já criamos diversas leis, entre elas, a lei que obriga a construção em órgãos públicos e privados de bicicletários e duchas, sempre pensando em ter caminhos para que a bicicleta não seja apenas para o uso de lazer ou obrigação, mas que de fato seja opção de transporte alternativo da cidade. Nós temos o desafio de colocar na prática nosso plano cicloviário, já temos alguns quilômetros de ciclovia, mas muitos trechos estão sem fazer ligação de um ponto para o outro, que é uma demanda que precisa ser resolvida, mas o mais importante, precisamos criar a consciência entre todos, motoristas, motociclistas pedestres, ciclistas, de que o trânsito é para todos, o direito de ir e vir com segurança e tranquilidade. Você percebe a cidade quando pedala por ela e você só pedala quando você sente segurança no trajeto que usa, esse é o nosso desafio”, defendeu.

A reunião foi proposta pela Comissão Permanente de Legislação Participativa, composta pelas vereadores André Salineiro (presidente), Enfermeira Cida Amaral (vice), Cazuza, Papy e João César Mattogrosso.

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

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