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Inquilinos trocam apartamento por casa para cortar gastos

Publicado em 04/10/2017 08h15

Inquilinos trocam apartamento por casa para cortar gastos

Pessoas querem fugir da taxa de condomínio

A crise econômica acertou o mercado imobiliário e mudou o perfil dos inquilinos em Campo Grande. Se o setor da construção civil parou e o sonho da casa própria foi adiado por conta da falta de dinheiro, a locação de imóveis ainda está tendo que se ajustar a essa nova realidade.

Entre os efeitos colaterais mais sentidos pelo mercado, estão a redução nos preços e o processo migratório de clientes em busca de preços mais acessíveis.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Sindimóveis/MS), Marta Recalde Lino, nos últimos meses houve um reaquecimento da procura por aluguéis. No entanto, o perfil dos inquilinos mudou.

“Os pretensos clientes estão fazendo propostas que chegam até a 30% a menos do valor. Essa redução nas propostas é reflexo de uma série de fatores, como a crise econômica federal, o desemprego e, consequentemente, a dificuldade de conseguir recursos”.

Essa falta de recursos também fez com que os inquilinos revissem suas prioridades e intensificassem o processo migratório.

Um dos mais sentidos pela presidente do sindicato está na preferência por casas em vez de apartamentos. “Hoje, são as casas os imóveis mais procurados. Por conta do preço da mão de obra e outros custos, os condomínios tiveram que reajustar seus preços para mais e isso, em alguns casos, inviabiliza para os inquilinos”, explicou Marta.

Além da mudança no perfil do empreendimento, o processo de migração também afeta regiões. Conforme Marcos Augusto Netto, presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), muitos clientes estão optando por bairros mais distantes da área central, em uma tentativa de encontrar imóveis mais baratos.

Correio do Estado

Volume de imóveis para alugar é elevado na Capital - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

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