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Justiça impõe fiança de R$ 50 mil e uso de tornozeleira a estudante que matou advogada

Publicado em 06/11/2017 09h05 – Atualizado em 06/11/2017 09h05

Justiça impõe fiança de R$ 50 mil e uso de tornozeleira a estudante que matou advogada

Da redação

A juíza Eucelia Moreira Cassal determinou neste domingo (5) a soltura do estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, condutor da caminhonete, que na última quinta-feira (2), matou no trânsito a advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, e feriu o filho dela de 3 anos e 8 meses. Em sua decisão, dentre outras medidas, a juíza determinou o pagamento da fiança em pouco mais de R$ 50 mil e a utilização de tornozeleira eletrônica para impedir que o acadêmico deixe a comarca e também para garantir o cumprimento do recolhimento domiciliar.

João Pedro, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), se apresentou à Polícia Civil, na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

Em seu pedido de liberdade, João Pedro justificou que não tem antecedentes criminais, tem residência fixa, é estudante de Medicina e se apresentou perante às autoridades policiais.

Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou a favor a manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, conveniência da instrução crimininal e para assegurar aplicação da lei penal, uma vez que existem provas suficientes para indicar autoria. Apesar da argumentação do MPE, a juíza Eucelia entendeu não ser necessária a prisão cautelar.

O estudante terá que cumprir medidas cautelares como comparecimento mensal à justiça para informar suas atividades, não sair da cidade e nem de casa no período noturno e nos dias de folga. Ele também teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa e será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Caso – Preso desde a tarde de sábado (4), João Pedro divide cela com outros 22 detentos, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) no centro da Capital. Conforme o delegado João Davanço, depois de pagar a fiança, ele será encaminhado para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), onde colocará tornozeleira eletrônica.

O universitário dirigia caminhonete Nissan Frontier a velocidade aproximada de 160 km/h na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, e atingiu veícilo Fox onde estava Carolina e o filho dela, de 3 anos. Carolina morreu no local.

João Pedro fugiu sem prestar socorro, abandonando até o irmão, de 21 anos, que foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros.

João era considerado foragido desde sexta-feira (3), quando a Justiça decretou sua prisão preventiva. Após passar pouco mais de 12 horas foragido, o suspeito se apresentou à polícia no sábado à tarde.

Veículo que o estudante dirigia, quando bateu no carro da advogada.

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