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Manifestação ‘Fora Temer’ reúne 100 pessoas no Centro da Capital

Publicado em 21/05/2017 12h18 – Atualizado em 21/05/2017 12h18

Manifestação ‘Fora Temer’ reúne apenas 100 pessoas no Centro da Capital

Movimento foi organizado pela FBP e aconteceu em outras cidades também

Correio do Estado

Em torno de 100 pessoas, entre representantes de movimentos sindicais, entidades estudantis, partidos e pessoas da comunidade, segundo estimativa da organização, participam nesta manhã de manifestação na região central de Campo Grande pela saída do presidente Michel Temer (PMDB) do governo.Eles também pediam eleições diretas no País.

O protesto, com uso de carro de som, distribuição de panfletos antireformas trabalhista e previdenciária, bandeiras e faixas nos semáforos, aconteceu no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho e acompanhou convocação de mobilizações semelhantes em diversas capitais e cidades brasileiras neste domingo.

“Esse é um movimento que vai crescendo. Estamos aqui com 20 sindicatos representados, em cima de uma pauta comum — mais que o ‘Fora Temer’, luta-se pelas Diretas Já”, destacou Mário Fonseca, um dos coordenadores da Frente Brasil Popular (FBP), que organiza a manifestação.

Fonseca ressaltou que já há proposta para antecipação das eleições. “Apoiamos as PECs que visam antecipar as eleições de 2018. Precisamos fazer uma transição para a democracia e unir a maioria. Temos uma posição bem consolidada de que os apoios são bem-vindos e de que é preciso devolver ao povo o direito de decidir.”

De acordo com a professora e secretária de políticas sociais da Federação do Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Iara Gutierrez, o entendimento da entidade, que representa mais de 25 mil professores e administrativos do Estado, é que o atual governo, ao invés de ter diminuído a crise política, fez com que ela aumentasse.

“Ele (Temer) não tem mais capacidade de se manter no governo. Por outro lado, vemos pessoas defendendo a eleição indireta, via Congresso Nacional. Somos contra. É o povo que deve ter o direito de escolher, só o voto na eleição direta poderá amenizar ou buscar uma alternativa para melhora”, avaliou.

MUDANÇA

Servidora pública há 11 anos, a professora Shirley Morais, 42 anos, decidiu ir para a rua hoje, acompanhada da família, para protestar, mas também em busca de um Brasil melhor para servir de exemplo aos filhos, Ivaney Victor, 10 anos e Vithoria, de seis.

“Hoje você vê um grande desmando. O governo, os políticos, aprontam todas, estamos perdendo todos os nossos direitos e ainda tem gente que não enxerga. Eu nunca participei de manifestações, mas nessas duas últimas (a anterior foi a paralisação nacional do magistério e agora), eu resolvi vir. Hoje todos os deputados, senadores, ministros, de alguma forma estão envolvidos (em denúncias de corrupção). Tem que fazer uma limpeza geral”, defendeu.

Manifestantes na Praça Ary Coelho, em Campo Grande - Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado

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