29.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 24 de abril, 2024
spot_img

Olarte vai recorrer em liberdade para derrubar condenação por corrupção

Publicado em 30/05/2017 19h44

Olarte vai recorrer em liberdade para derrubar condenação por corrupção

Gilmar Olarte respondeu por corrupção passiva contra seis vítimas e lavagem de dinheiro ao trocarem folhas de cheque por dinheiro.

G1 MS

O ex-prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (sem partido) vai recorrer em liberdade da decisão que o condenou a oito anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O acórdão foi publicado no Diário Oficial da Justiça desta terça-feira (30).

Segundo o advogado René Siufi, ainda estão sendo avaliados os recursos. “O prazo começou a correr hoje. Não sabemos ainda se vamos recorrer no Tribunal de Justiça ou no Superior Tribunal de Justiça”, afirmou a defesa de Olarte.

Além do ex-prefeito, também foi condenado Ronan Feitosa de Lima a três anos e 11 meses e multa pelos mesmos crimes. Luiz Marcio dos Santos Feliciano foi condenado apenas por lavagem de dinheiro a um ano de reclusão e três dias-multa, mas a pena foi substituída por dois anos de tratamento ambulatorial.

De acordo com a denúncia, Olarte e Ronan trocavam cheque por dinheiro das vítimas que eram convencidas pela promessa de cargos públicos e vantagens na administração municipal, já que na época
Gilmar era vice-prefeito e Feitosa, assessor. A investigação começou em outubro de 2013, mas veio à tona após a prisão de Ronan Feitosa no dia 11 de abril de 2014, em São Paulo.

Calcula-se que o prejuízo às vítimas tenha chegado próximo a R$ 846 mil. O relator desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva considerou que o valor dos danos sofridos deverá ser fixada de maneira diferenciada.

Para esconder a origem ilícita do dinheiro arrecadado, Olarte adquiriu um veículo de luxo com auxílio de Luiz Márcio, apesar de interditado judicialmente por incapacidade.

O vice-prefeito ainda conseguiu mais R$ 30 mil de uma das vítimas, por meio de Ronan, que foi depositado na conta da mulher de Luiz Márcio. Depois disso, ela foi nomeada no cargo de assessor especial.

Olarte foi ouvido pela Justiça pela 1ª vez no caso dos cheques em branco em 2016 (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)

Fale com a Redação