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Pistoleiro é condenado a 18 anos pela morte de Paulo Magalhães

O condenado ficará em liberdade com uso de tornozeleira até o trânsito em julgado do processo

15/08/2018 18h23
Por: Redação

O guarda municipal José Moreira Freires, um dos acusados pela morte do delegado aposentado e advogado Paulo Magalhães de Araújo foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Entretanto, por força de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em 24 de janeiro de 2014, ele poderá recorrer em liberdade, com uso tornozeleira eletrônica.

José Moreira foi condenado por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz determinou que ele irá ser monitorado por tornozeleira eletrônica durante o cumprimento da pena e será obrigado a ficar em casa todas as noites. Se for trabalhar ou se deslocar em um raio maior que 250 quilômetros precisará informar à Justiça.

A defesa tem cinco dias para apresentar recurso contra a sentença e oito dias para detalhar os motivos do recurso. A sentença foi a mesma pedida pelo Ministério Público Estadual (MPMS) e o juiz Aluizio Pereira dos Santos retirou a qualificação por motivo torpe.

O CRIME

Delegado aposentado e advogado criminalista, Paulo Magalhães de Araújo foi executado a tiros de pistola 9 mm no dia 25 de junho de 2013. Vítima estava dentro do carro, um Land Rover, aguardando a filha sair da escola, na Rua Alagoas, quando José Moreira Freires, que estava na garupa de uma motocicleta, passou pelo local e disparou várias vezes contra o delegado.

Antônio Benites Cristaldo escoltava o atirador e o piloto da motocicleta, Rafael Leonardo dos Santos, em um Fiat Palio para garantir o sucesso na execução. Rafael foi encontrado morto meses depois, no lixão da Capital.

Suspeita é que o crime foi encomendado, mas não foi esclarecido quem seria o mandante. Segundo informações, o planejamento e execução do crime teriam envolvido cifras altíssimas, até mesmo pelo fato de a vítima ser um delegado aposentado e dadas às denúncias contra diversas pessoas, desde políticos até integrantes do Judiciário.Magalhães também fazia denúncias pelo seu site Brasil Verdade.

José Moreira Freires durante o seu júri, nesta tarde. Bruno Henrique / Correio do Estado

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