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Santa Casa mantém portões fechados, mas remanejamento de internados começa

Publicado em 04/08/2017 15h55

Santa Casa mantém portões fechados, mas remanejamento de internados começa

Há quase dois dias, a faixa na entrada do pronto-socorro do hospital de Campo Grande informa que não há vaga. Encaminhamentos de urgência e emergência ficaram bem mais restritos.

G1 MS

Os portões da Santa Casa de Campo Grande continuam fechados com aviso de “superlotado” nesta sexta-feira (4), só que um remanejamento de pacientes internados já começou.

O corredor é o mesmo, mas 24 horas depois a imagem é bem diferente. Onde estava lotado de pacientes na quinta-feira (3), tem apenas duas macas nesta sexta-feira. O espaço funciona como uma extensão da ala verde.

No centro cirúrgico, a situação também está melhor. O pós-operatório tem três pacientes aguardando vaga na enfermaria. Na quinta-feira, eram 17. Com as coisas voltando ao normal no setor, a cirurgia do eletricista Martim Rodrigues Filho já foi marcada. Ele quebrou o cotovelo em um acidente de moto e está há dois dias no pré-operatório.

Há quase dois dias, a faixa na entrada do pronto-socorro informa que não há vagas. Os encaminhamentos de urgência e emergência ficaram bem mais restritos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foram levados para lá oito pacientes na condição de vaga zero, quando o hospital não pode recusar o atendimento.

Da 0h até as 8h45 desta sexta-feira, 20 pacientes deram entrada no pronto-socorro da Santa Casa. Em dias normais, sem o bloqueio, teriam passado mais de 200 pessoas por lá.

Mesmo assim, a ala vermelha, onde são atendidos os casos mais graves, ainda está superlotada em 50%. O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, disse que o fluxo de pacientes pode diminuir ainda nesta sexta-feira.

“Corredor de hospital não é local de internação de pacientes. Então nós vamos passar a receber aquilo que nós temos capacidade de receber dignamente, para que as pessoas possam chegar aqui e serem encaminhadas ao centro cirúrgico ou se é internação clínica, que possam ir para um leito de enfermaria e serem bem cuidadas”, destacou Nascimento.

A necessidade por vagas não para. De acordo com o coordenador de urgência e emergência da Sesau, Yama Higa, 10 pacientes só da capital sul-mato-grossense esperam vaga de internação. Com a restrição na Santa Casa, os outros hospitais ficaram sobrecarregados.

“Esse fechamento da Santa Casa acabou aumentando a demanda dentro das outras unidades hospitalares. A gente acabou tendo que encaminhar uma quantidade maior de pacientes para outras unidades. A exemplo disso vemos o Hospital Regional, que já estava cheio aumentando ainda mais sua capacidade. O Hospital Universitário, da mesma forma. Um pouco desses pacientes acabaram ficando nas unidades recebendo tratamento, também de maneira adequada, mas tendo esse paciente uma necessidade inicial de tratamento hospitalar”, afirmou Higa.

Santa Casa mantém portões fechados, mas remanejamento de internados começa

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