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Sinal de TV digital chegará na próxima terça-feira em Campo Grande e Terenos

As duas cidades terão o sinal de TV analógico desligado, de acordo com a Seja Digital

12/08/2018 08h21
Por: Redação

A partir da próxima terça-feira (14), o sinal de TV analógica será desligado em Campo Grande e Terenos. Nas duas cidades, as TVs de tubo ou os televisores sem um aparelho conversor deixarão de funcionar.

Segundo os últimos dados publicados pela Seja Digital, responsável pela migração do sinal no Brasil, até o fim do ano 1.326 de 5.570 municípios terão apenas a transmissão de TV pelo sinal digital, incluíndo as duas cidades sul-mato-grossense.

Seguindo o calendário estabelecido pela entidade responsável pela conversão em todo o País, no dia 5 de dezembro é a vez de Dourados, Caarapó, Itaporã, Deodápolis, Vicentina e Douradina. Nas demais cidades do Estadol a mudança será completa até 2023.

“Ao ser desligado o sinal analógico de TV vai liberar a faixa de radiofrequência e permitir as operadoras de telefonia móvel possam ativar a tecnologia 4G, mais velos, com maior qualidade e cobertura”, afirmou o presidente da Seja Digital, Antônio Martelletto.

O início

O Brasil começou a fazer os testes com esse tipo de transmissão em dezembro de 2007, mas desligou as primeiras torres de transmissão analógica na cidade de Rio Verde, em Goiás, em 2016. A migração completa deverá ser concluída em 2023, segundo projeção da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

“Entre 2018 e 2023, o sinal analógico nessas mais de 4 mil cidades será preservado. Durante esse período, acontecerá um processo natural de substituição das TV antigas por aparelhos mais modernos com um conversor digital embutido”, explica Martelleto.

Por que desligar?

Um dos objetivos do projeto da TV digital é viabilizar a expansão da internet móvel 4G na faixa de frequência de 700 MHz, que é usada hoje pela TV analógica.

Essa nova faixa permitirá a transmissão de dados mais rápida pela banda larga móvel, com velocidade de até 45 mega. Pelo monitoramento da Ookla, a operadora que oferece a conexão mais veloz chega a 27 mega.

“Nessas mais de 4.000 cidades que ainda terão o sinal analógico nos próximos anos, essa faixa de frequência não é utilizada pela TV. Por isso, não há uma urgência por não prejudicar a implantação do 4G”, explica Martelletto.

Segundo a Seja Digital, o desligamento de sinal e a transmissão do sinal digital é uma responsabilidade das emissoras de TVs e em algumas áreas ainda não há canais disponíveis. Nesses casos, o desligamento será somente em 2023.

Kits e conversores

Quem não quiser ou não puder trocar uma TV antiga por uma nova, pode optar pela compra de conversores de sinal que podem ser instalados em qualquer televisor.

Os beneficiários dos projetos sociais como Bolsa Família, Tarifa Cidadã e Minha Casa Minha Vida, por exemplo, podem receber gratuitamente kits e conversores.

“A distribuição de kits atende as pessoas que não teriam condições financeiras de adquirir uma TV nova ou um conversor. Outra questão é dar uma sobrevida aos antigos televisores de tubo. O descarte de milhões de televisores teria um impacto ambiental muito grande”, diz Martelletto.

Pelo último levantamento publicado pela Seja Digital, foram distribuídos cerca de 10 milhões de kits. Outros três milhões estão disponíveis para serem retirados pela população.

Duas primeiras cidade de MS, que terão acesso à TV digital. Pixabay

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