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Mercado imobiliário do Estado projeta alta de 5% nas vendas

Publicado em 14/02/2018 08h45

Mercado imobiliário do Estado projeta alta de 5% nas vendas

Previsão leva em conta cenário mais favorável este ano

Após um ano de incertezas econômicas, oscilações na concessão de crédito e operações fechadas praticamente “a conta-gotas”, o mercado imobiliário de Mato Grosso do Sul entra em 2018 com perspectiva de retomada e projetando crescimento de até 5% nas vendas de imóveis. A estimativa foi repassada por representantes de entidades como o Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS) e a Câmara de Valores Imobiliários de Mato Grosso do Sul (CVI-MS). A previsão leva em conta um cenário de contornos favoráveis como não se via nos dois anos que se passaram – inflação abaixo da meta do próprio Banco Central (fixada em 3% para 2017, a taxa fechou em 2,97% no ano passado); taxa básica de juros, a Selic, em 6,75%, o menor índice desde o início do Plano Real, nos anos 1990; aprovação de reformas estruturantes, como a trabalhista; a retomada de políticas de infraestrutura e habitação pelo governo federal, entre elas o Minha Casa Minha Vida; e a retomada da confiança do consumidor e de quem quer empreender no ramo imobiliário.

“Estamos assistindo a uma movimentação do mercado neste início de ano. As empresas que estavam com projetos engavetados já estão começando a se mexer. A intenção de compra da casa própria é prioridade. No ano passado, tivemos, em primeiro lugar, as interrupções nas linhas de financiamento, como a suspensão da linha Pró-Cotista e a diminuição no porcentual de financiamentos para imóveis usados; e, em segundo, a queda da confiança das pessoas. Com a recuperação do setor comercial, que voltou a empregar, e a economia reagindo, estoque tem de monte e essa é a hora de comprar, com bons preços”, analisa Marcos Augusto Netto, presidente do Secovi-MS.

O dirigente do Sindicato da Habitação estadual destaca ainda que o governo federal anunciou a construção de mil imóveis no País, por meio do Minha Casa, o que sinaliza que há uma preocupação com a retomada da economia e com a geração de empregos. “Temos agora a diminuição da taxa Selic. Se tem juro baixo e financiamento imobiliário, isso movimenta o setor. Também nunca tivemos uma inflação tão baixa. Quem quer aplicar no banco hoje não vai ter o seu dinheiro rodando, o que torna investir na compra de um imóvel uma opção interessante”, pontuou.

Correio do Estado

Na área central de Campo Grande, a valorização de imóveis chega a 7%, segundo levantamento da Câmara Imobiliária - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

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