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Passada a crise, shoppings ampliam vendas em até 30%

Publicado em 18/06/2018 09h15

Passada a crise, shoppings ampliam vendas em até 30%

Centros de compras recuperam movimento

Eventos de lazer, gastronomia, shows musicais, exposições de artes, montagens de teatro e estações de jogos infantis. Essas foram algumas das alternativas encontradas pelos centros comerciais de Campo Grande para driblar a crise e não levar prejuízo nos últimos anos. A queda nas intenções de consumo dos campo-grandenses surtiu efeitos negativos nas vendas e no movimento e a criatividade para atrair clientes se destacou.

Contudo, passada a pior fase da crise econômica do País, os shoppings começam a, de fato, reagir. Quem frequentou recentemente algum dos quatro principais empreendimentos de Campo Grande pode ter notado que os corredores parecem mais cheios e novas lojas foram inauguradas. Os números confirmam a impressão: o índice de vendas nos primeiros meses de 2018, comparado com o mesmo período de 2017, teve média de crescimento de 17%. O Shopping Bosque dos Ipês registrou a maior alta, de 30%, seguido do Pátio Central (10%), Norte Sul Plaza (6%) e Campo Grande (5,1%).

O fluxo de clientes nos centros comerciais também subiu, em média, 20%. E a retomada do movimento já resulta em mais investimentos e inaugurações de empreendimentos.

“O Bosque dos Ipês está com mais de uma dezena de negociações em andamento”, afirma a supertintendente Adriana Flores. Só neste ano, o shopping localizado na saída para Cuiabá abriu quatro novas lojas, incluindo a famosa franquia Forever 21, e para os próximos meses estão previstas pelo menos mais 13 inaugurações.

A coordenadoria de marketing do Norte Sul também informa que só neste ano foram assinados 16 novos contratos. Já o Shopping Campo Grande, que atualmente tem 99,3% de taxa de ocupação, revela que dois novos estabelecimentos serão abertos em breve, incluindo uma loja da Natura.

O Pátio Central, por outro lado, aposta na estabilidade. “Temos rotatividade baixa, a maioria dos lojistas fica por aqui bastante tempo”.

RESILIÊNCIA
A estratégia dos centros comerciais para sobreviver à crise foi a diversificação. Com variados eventos e atividades itinerantes diferentes, os empreendimentos dizem ter passado “bem” pelas dificuldades e obstáculos criados pela economia e queda do consumo.

“A indústria desse segmento é muito dinâmica e em geral respondeu rápido aos efeitos da dimunuição do consumo”, explica Stéphanie Brites, coordenadora de marketing do Norte Sul Plaza Shopping. “A crise foi uma oportunidade de reinventar o varejo”, complementa a superintendente do Shopping Bosque dos Ipês, Adriana Flores.

Até mesmo serviços de saúde e exames médicos ganharam espaço nas praças centrais entre as lojas para atrair e conquistar a atenção dos consumidores. “Buscamos diversificar nosso calendário com atividades abertas à comunidade”, justifica Helma Firmino, superintendente do Pátio Central.

EXPECTATIVAS
Para os próximos meses, o clima é de otimismo, com investimento sendo feitos para aumentar ainda mais os índices de vendas e movimento. “Neste ano, reforçamos o investimento em marketing com o aumento da verba de 30% comparado a 2017”, destaca a assessoria do Bosque.

Além das inaugurações, todos os quatro empreendimentos prometem mais eventos diversificados, até mesmo uma festa junina está marcada no Campo Grande. “O dinamismo é algo próprio dos shoppings”, finaliza a assessoria do estabelecimento.

Correio do Estado

Novas lojas e campanhas ajudam a atrair consumidor e movimentar os shoppings, que vislumbram mais vendas - Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

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