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MS tem queda de 1,3% no número de analfabetos

Publicado em 18/05/2018 18h34

MS tem queda de 1,3% no número de analfabetos

Da redação

Nesta sexta-feira (18), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2017, com comparativo de levantamento de tal ano e do anterior (2016).

Mato Grosso do Sul contou com queda de 1.3% na taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, no período.

Conforme o IBGE, em 2016, o número chegava a 128 mil pessoas em tal condição em todo o MS. Já em 2017, o mesmo registrou 104 mil pessoas (5% do quadro total do país).

Os dados colocam o Estado, com a 5ª menor taxa de analfabetismo do país ‘empatado’ com o Amapá. No ‘ranking’ Distrito Federal (taxa em 2,5%), Rio de Janeiro (taxa em 2,5%), Santa Catarina (taxa em 2,6%), São Paulo (taxa em 2,6%), Rio Grande do Sul (taxa em 3,0%) e Paraná (taxa em 4,6%).

O levantamento mostra ainda que, mesmo em queda, a taxa de analfabetismo persiste mais alta para idades mais avançadas. Em 2017, entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade, a taxa foi de 16,4%, 3,5 % menor do que em 2016 (19,9%).

A redução da taxa de analfabetismo entre 2016 e 2017 foi observada para homens e mulheres, bem como para pessoas de cor branca e preta ou parda.

Em 2017, a taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi de 5,1% e, para as mulheres, 5,0% (em 2016, respectivamente 6,2% e 6,4%). Portanto, em 2017, a taxa de analfabetismo registrada foi menor entre as mulheres do que entre os homens, diferentemente do registrado em 2016, quando esta mesma taxa era menor entre os homens do que entre as mulheres em MS. Entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade de cor branca, 3,8% eram analfabetas, enquanto para as de cor preta ou parda este número era de 6,1% (em 2016, as taxas eram, respectivamente, de 4,6% e 7,6%).

O IBGE explica que fazem parte desse escopo a taxa de analfabetismo, o nível de instrução e anos de estudo, frequência à escola ou creche, frequência à educação profissional, não frequência à escola, condição de estudo e situação na ocupação.

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi 7,0% em 2017, e se manteve acima da meta intermediária do PNE, de 6,5% em 2015. As regiões Centro-Oeste (5,2%), Sudeste e Sul (ambas com 3,5%) já estavam abaixo da meta nacional, mas o Nordeste (14,5%) e o Norte (8,0%), não.

Analfabetismo diminui, mas ainda não bate a meta intermediária do PNE

A meta nº 9 do Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei n. 13.005, determinou a redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, e a sua erradicação até 2024. O país não cumpriu a primeira parte da meta. Em 2017, a taxa nacional de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 7,0%, o equivalente a 11,5 milhões de analfabetos, ou 300 mil pessoas a menos do que em 2016 (7,2%). As regiões Centro-Oeste (5,2%), Sudeste e Sul (ambas com 3,5%) já estavam abaixo da meta nacional, enquanto que no Nordeste a taxa estava acima do dobro (14,5%) e no Norte era de 8,0%.

Em 2017, para as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa foi 19,3%, contra 20,4% em 2016. Essa taxa caiu em todas as regiões, exceto o Sul. A taxa de analfabetismo dos idosos no Nordeste (38,6%) era quase quatro vezes a do Sudeste (10,6%).

Para as pessoas brancas de 15 anos ou mais de idade, a taxa nacional passou de 4,2% para 4,0%, enquanto que entre as pessoas pretas ou pardas, ela caiu de 9,9% para 9,3%.

Trabalho X qualificação

Em 2017, 25,1 milhões das pessoas de 15 a 29 anos de idade não frequentavam escola, cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional e não haviam concluído uma graduação. Nesse grupo se caracterizava por 52,5% de homens e 64,2% de pessoas de cor preta ou parda. Em relação ao nível de instrução, 55,1% tinha o ensino médio completo ou superior incompleto, 23% o ensino fundamental completo ou médio incompleto e 21,9% era sem instrução ou com o fundamental completo. Esse perfil foi similar em 2016.

De 2016 para 2017, foram 343 mil pessoas a mais nessa situação, equivalendo a um aumento de 1,4% desse grupo. Dentre os motivos relacionados, as razões mais frequentes alegadas pelas pessoas foram: por motivo de trabalho, ou seja, trabalhava, procurava trabalho ou conseguiu trabalho que iria começar em breve (39,7%); não tinha interesse por estudar (20,1%); e por ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de pessoas (11,9%).

Os motivos relacionados ao mercado de trabalho foram mais frequentes entre os homens (49,4%) do que entre as mulheres (28,9%) e ambos apresentaram queda frente a 2016 (50,6% entre os homens e 30,5% entre as mulheres). Além disso, 24,2% dos homens declararam não ter interesse em estudar ou se qualificar, percentagem que entre as mulheres foi 15,6%, ambos no mesmo patamar de 2016. Já a falta de dinheiro para pagar as despesas com o estudo foi alegada por 9% dos homens e por 12% das mulheres, e maior do que no ano anterior (6,9% entre os homens e 8,8% entre as mulheres).

Entre as mulheres, chama atenção o peso dos cuidados de pessoas e dos afazeres domésticos, visto que 24,2% delas disseram não estudar ou se qualificar por necessidade de realizar essas tarefas, valor mais baixo 1,9% que em 2016. A realização de afazeres domésticos ou cuidados de pessoas foi mais frequente entre as duas categorias mais baixas de nível de instrução, em torno de 17%, do que entre as pessoas com o ensino médio completo ao superior incompleto, com 7,7%.

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