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‘Maníaco do Celta’ confirma ataques, mas não sabe como aconteceu

Publicado em 06/02/2018 18h59

‘Maníaco do Celta’ confirma ataques, mas não sabe como aconteceu

Investigado foi encaminhado para Instituto Penal onde aguardará decisão da justiça

Correio do Estado

Douglas Igor da Silva Fernandes, 38 anos, confirmou o ataque efetuado contra duas vítimas que reconheceram o suspeito após a divulgação de um vídeo que registrou a tentativa de abordagem realizada no dia 28 de janeiro.

A afirmativa foi feita durante audiência com a delegada responsável, Marília de Brito, na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), nesta terça-feira (6).

“Ele afirmou que o primeiro ataque aconteceu no Jardim Presidente, porém, não concluiu porque uma testemunha teria gritado para ele parar. Logo depois (cerca de uma hora) abordou a adolescente no Jardim Noroeste e a forçou entrar no veículo Celta apontando uma faca. No entanto, não sabe explicar o que motivou a reincidência das tentativas de agressão”, detalha a policial civil.

Questionada sobre os próximos passos, a delegada explica que será feita uma busca no sistema virtual, compreendendo boletins de ocorrências registrados desde agosto de 2017, data em que Douglas foi liberado para cumprir pena na Gameleira, no regime semiaberto.

“O suspeito afirma que só tentou atacar as duas vítimas elencadas, porém, temos que ter certeza. Agora ele será encaminhado para o Instituto Penal e assim que terminarmos o inquérito encaminharemos para justiça, para possível revisão da pena”, acrescenta.

Sobre o veículo Celta, a informação é de que foi devidamente periciado e não apresentou provas que incriminassem Douglas, visto que as tentativas de estupro não foram consumadas. O veículo será devolvido para a proprietária, que é a mãe do suspeito.

CRIMES ANTERIORES

Douglas cumpria pena por cinco casos de estupro comprovados em 2007, e, desde agosto de 2017 obteve o direito de cumprir a pena em regime semiaberto, em função do bom comportamento e desempenho no Instituto Penal. No entanto, a delegada Marília acredita que o suspeito ainda não tem condições de voltar ao convívio social.

“O Douglas tem plena noção do que aconteceu e da gravidade dos seus atos. Então eu acredito que ele representa risco para sociedade, pois, ao ter uma oportunidade de liberdade retomou as tentativas de agressão”, conclui.

Informações complementares da Depac revelam que na primeira condenação, o perfil das vítimas escolhidas por Douglas era de mulheres jovens e com alto poder aquisitivo, as quais ele seguia, abordava, roubava e estuprava.

Nesta segunda fase, o suspeito aborda toda mulher que estiver caminhando na rua e o único cuidado que toma é ver se a possível vítima está sozinha.

Investigado aguardará conclusão do inquérito preso no Instituto Penal - Divulgação

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