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Agetran vai aumentar a fiscalização na Capital para diminuir as mortes no trânsito

Publicado em 27/07/2017 06h52

Agetran vai aumentar a fiscalização na Capital para diminuir as mortes no trânsito

Dirigir em alta velocidade e sem CNH são infrações recorrentes

Correio do estado

Redução mínima de mortes no trânsito da Capital entre 2016 e este ano vai aumentar fiscalização ostensiva nas vias de Campo Grande. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) confirmou hoje que o foco das vistorias serão os motociclistas que excedem a velocidade e pilotam sem Carteira Nacional de Habilitação.

De acordo com dados da Agetran, essas duas infrações são os maiores motivos de mortes no trânsito na Capital. Só no ano passado, no primeiro semestre (janeiro a junho), foram registrados 36 óbitos.

No mesmo período, neste ano, houve 35 vítimas que perderam a vida, uma a menos no comparativo.

“O que ajuda a diminuir as mortes são as fiscalizações ostensivas e sistematizadas e por isso intensificaremos esse tipo de educação”, declarou a chefe da Gestão Integrada do Vida no Trânsito (GGIT), Ivanise Rotta.

Outra infração que complementa o ranking de maiores causadores de mortes no trânsito é conduzir veículo embriagado.

“Esse tipo de infração fica em terceiro lugar por falta de fiscalização no momento que acontece o acidente, pois não é sempre que dá pra detectar que o motorista estava embriagado. Porém se desse para fazer o teste em todas as ocorrências, com certeza essa infração seria a primeira da lista”, explicou a chefe do GGIT.

VÍTIMAS DE TRÂNSITO

O reflexo da imprudência de motoristas é notado nos hospitais da Capital. Só na Santa Casa de Campo Grande, nos últimos quatro dias, o pronto-socorro recebeu 112 vítimas de acidentes de trânsito em geral, sendo que deste total, 58 pacientes foram encaminhados ao setor de pré-ortopedia.

De acordo com informações do site da Santa Casa, o setor de ortopedia conta com apenas seis leitos ativos e profissionais sempre trabalham acima da capacidade.

De acordo com médico ortopedista da pré-ortopedia da Santa Casa, Demetrius Ismael, entre os dias 21 e 24 de julho (último final de semana), o centro cirúrgico realizou 140 procedimentos ortopédicos.

O médico declarou também que 75% dos pacientes que são encaminhados ao setor são vítimas de acidentes de trânsito. “A maioria é vítima de acidente de moto. Estes pacientes chegam aqui com várias fraturas pelo corpo. Muitas vezes um paciente precisa fazer três, quatro, cinco cirurgias diferentes, o que demanda muito tempo”, detalhou.

No mês de junho, o centro cirúrgico realizou 1.951 cirurgias ortopédicas. Em março, a Santa Casa bateu recorde histórico na realização de cirurgias e a especialidade que mais realizou procedimentos foi a ortopedia, com 2.123 cirurgias em pacientes de média e alta complexidades.

Em 2016, foram 19.058 cirurgias ortopédicas, uma média de 1.500 cirurgias a cada mês.

A Santa Casa implantou uma equipe cirúrgica extra para minimizar o excesso de demanda que o trânsito impõe ao hospital.

Com essa conduta, o tempo de espera por uma cirurgia de trauma diminuiu significativamente. Hoje, aguardam por cirurgia 13 pacientes com traumas de média e alta complexidades e que devem ser operados nas próximas horas.

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