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“Morreu por uma briga que não era dele”, diz neta de idoso assassinado

Publicado em 24/07/2017 12h45

“Morreu por uma briga que não era dele”, diz neta de idoso assassinado

“Ele foi defender meu primo e morreu por uma briga que não era dele”. O desabafo é de Grazielly Ramires Barbosa, 28 anos, neta de Antônio Marques, 72 anos, que matou Joaquim Rodrigues de Oliveira, 58 anos, e morreu a tiros. O pivô da confusão, Maickon Alves Marques, 22 anos, está foragido.

O duplo homicídio em que um matou o outro aconteceu por volta das 19h30 de ontem (23), na Rua Caravelas, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande. Testemunhas relataram à polícia, que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando o homem se armou com um revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação.

Hoje, pela manhã, Grazielly contou outra versão. Ela disse que no sábado (22), um grupo passou atirando na casa dos filhos de Joaquim, que fica em frente à casa de Maickon e seu avô Antônio.

No domingo (23), Joaquim, que não mora junto com os filhos, ficou sabendo da situação e por acreditar que Maickon tinha envolvimento com o atentado foi tirar satisfação com ele. Maickon estava com a filha de 1 ano e dois meses no colo, quando Joaquim chegou armado e entrou na casa de Antônio que não tem portão.

Para defender o neto, o idoso também se armou e a briga terminou em tragédia. “Meu avô era uma pessoa tranquila. Morava no bairro há 10 anos e nunca tinha se envolvido em briga, lamenta Grazielly.

Caso – Testemunhas relataram que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando o homem se armou com revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação.

Na sequência, Antônio – avô de Maickon – também se irritou com a situação e armado atirou em direção a Joaquim, que revidou e acertou Antônio com tiro na cabeça e o outro na axila. Já Joaquim foi atingido com pelo menos cinco disparos, sendo na coxa direita, dois nas costas, peito e barriga.

Ainda de acordo com registro policial, Maickon recolheu uma das armas e terminou de descarregar em Joaquim, que segundo relatos de testemunhas ainda estava vivo. Em seguida, ele fugiu e levou uma das armas. A Polícia Militar fez busca na região, mas não conseguiu encontrar Maickon.

Prisão – Ao ficar sabendo da morte do irmão Joaquim, o policial militar da reserva, Edvaldo Rodrigues de Oliveira, 61 anos, foi até o local do crime e agrediu uma mulher, irmã de Antônio. O policial foi preso em flagrante e encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

CG News

Marcas de tiros na porta da casa de Antônio, que matou e morreu a tiros (Foto: André Bittar)

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