19.8 C
Campo Grande
terça-feira, 23 de abril, 2024
spot_img

Sustentado pela ex que matou, Bruno voltou ao local do crime

Publicado em 25/01/2018 14h45

Sustentado pela ex que matou, Bruno voltou ao local do crime

Polícia investiga se assassino fugiu para outro Estado, onde iria trabalhar

Desempregado por conta do envolvimento com drogas, Bruno Mendes de Oliveira, de 29 anos, era sustentado pela ex-mulher Katiuce Arguelho dos Santos, 31. Ele a matou na noite de segunda-feira, na casa onde mora no Jardim São Conrado, e fugiu, mas horas depois do feminicídio, retornou para trocar de roupas.

Por este motivo, a Polícia Civil acredita que ele ainda esteja em Campo Grande. Entretanto, não é descartada a hipótese de que tenha ido para outro Estado, onde supostamente teria conseguido trabalho, conforme informações repassadas por familiares da vítima nos depoimentos.

Segundo a delegada Fernanda Barros Piovano, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), o setor de investigação trabalha para encontrá-lo o quanto antes. Caso todas as possibilidades se esgotem, forças de segurança do Estado para onde ele possa ter ido serão acionadas para auxiliar na captura.

O possível local não foi revelado para não comprometer as buscas. “Vizinhos relataram que ele voltou para a casa. A polícia foi lá e confirmou que o local estava diferente do que havia sido analisado na data do crime. Por isso acreditamos que não deve ter ido longe”, disse.

A polícia tem outras possibilidades para forçá-lo a se entregar, como solicitar a quebra do sigilo telefônico e o bloqueio de contas bancárias. “Já ouvimos algumas testemunhas, principalmente familiares da vítima, mas vou ouvir mais pessoas, para tentar compreender melhor como era o relacionamento e como o homem se comportava”, pontuou Piovano.

Ainda segundo ela, tudo indica que Bruno agiu motivado por ciúmes depois de descobrir que Katiuce estava se envolvendo com outro ex. “Ela conviveu por dois anos com Bruno, se separam e estavam tentando reatar, mas não era firme”, completou.

CRIME

A vítima trabalhava como copeira e era mãe de seis filhos com idades entre quatro e 17 anos, nenhum deles com o autor. Ela foi morta com 18 facadas na casa de Bruno localizada na Rua Internacional, no Jardim São Conrado. Ela foi atingida seis vezes no braço direito, nove no braço esquerdo, duas no pescoço e uma nas costas.

O autor teria cortado profundamente o pescoço e os pulsos, para garantir que ela morresse antes de ser socorrida. O crime ocorreu entre às 18h08, horário em que Katiusce falou pela última vez com familiares, e às 20h30, quando o corpo foi encontrado pelos filhos dela.

Segundo a Polícia Civil, o filho de 11 anos da mulher estava na casa de Bruno assistindo TV a cabo. O homem atuava como auxiliar de limpeza, mas teria sido demitido recentemente. O casal ficou junto por dois anos e estava separado há quatro meses. Na tentativa de voltar com Bruno, Katiuce, que vinha o bancando, havia combinado de passar na casa dele após o trabalho, para buscar o filho e ajudar o homem na venda de uma geladeira.

Pouco antes da chegada dela, Bruno deu um celular para o menino e mandou ele sair para brincar, recomendando que ele não contasse para ninguém que sua mãe estava vindo. Sem imaginar o que estava prestes a acontecer, o garoto saiu. Katiusce foi assassinada e Bruno fugiu.

Correio do Estado

Casal viveu junto por dois anos, mas estava separado há quatro meses. - Foto: Divulgação

Fale com a Redação