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União quer unir Estados com a criação do Sistema Único de Segurança

Publicado em 19/07/2018 13h42

União quer unir Estados com a criação do Sistema Único de Segurança

Por Redação

O ministro Raul Jungmann, do Ministério da Segurança Pública, durante o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, que aconteceu nesta quinta-feira (19),em Campo Grande, afirmou que a União quer unir Estados no combate à violência no país, por meio da criação Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que enfoca em trabalhos integrados, com troca de informações e operações conjuntas entre os estados brasileiros, para que a segurança pública melhore no país.

De acordo com o ministro, até então, cada estado é responsável pela própria polícia de segurança, e não tinham recursos carimbados para a área em nível nacional, como ocorre com a saúde e educação.

“Diante disso, foi criado Ministério da Segurança Pública no começo do ano e agora Sistema Único de Segurança Pública, que vai permitir o uso de banco de dados, operações e análises de inteligências de forma integrada entre os estados, municípios e união”, detalhou o ministro.

Durante palestra, o ministro reforçou a criação do Sistema Único de Segurança, projeto semelhante ao SUS (Sistema Único de Saúde). “O Brasil até hoje não tinha um sistema e nem uma política nacional de segurança para dar o rumo em relação a investimento, recursos e projetos, que pudessem combater a violência e o crime organizado”.

Entre os principais benefícios do programa, o ministro destaca a troca de informações entre os estados, impossível de ser feita com facilidade atualmente, já que cada estado trabalha com um sistema diferente. Para que o projeto seja consolidada, o Governo Federal estipulou um plano de 10 anos.

“Para isso, será criada uma procuradoria que vai avaliar metas, indicadores e os dados enviados pelos estados. Aquele [estado] que não cooperar, pode perder recursos federais em segurança”, afirmou o ministro.

Hoje o ministério conta com um investimento carimbado de aproximadamente R$ 800 milhões, mas conforme Jungmann, nos próximos anos pode chegar a R$ 4 bilhões. A divisão dos recursos será feita com base na população, índice de criminalidade, e ainda com o compromisso que cada estado firmará com a união.

Jungmann ressaltou ainda que após o período eleitoral os estados terão acesso a uma linha de financiamento liberada pelo BNDES, que conta com um total de 40 bilhões disponíveis para investimentos em segurança.

Linha de fronteira

Mato Grosso do Sul possui um raio de 150 quilômetros a partir da linha internacional com a Bolívia e com o Paraguai, onde pelo menos 44 dos 79 municípios sul-mato-grossenses são afetados diretamente pela criminalidade.

Saul Schramm/CG News

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