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Auditoria do TCE com Instituições de Controle identifica riscos de corrupção no MS

No estado foram pesquisadas 282 organizações e apenas 25 apresentaram níveis aceitáveis de suscetibilidade à fraude e corrupção

08/05/2019 12h46
Por: TCE MS

O resultado da auditoria operacional, que avaliou a fragilidade das organizações públicas do Estado do Mato Grosso do Sul ao risco de ocorrência de fraude e corrupção, foi apresentado durante a 1ª Conferência Sul-Mato-Grossense de Governança Pública e Combate à Corrupção, realizada, nessa terça-feira (07), no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, e demonstrou que a maior parte das instituições públicas no Estado estão muito vulneráveis.

O evento é uma parceria do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) com o Tribunal de Contas da União (TCU), e instituições de controle como a Controladoria-Geral da União no Estado de Mato Grosso do Sul (CGU-MS), a Controladoria-Geral do Estado (CGE-MS) e a Controladoria-Geral do Município de Campo Grande (CGM).

Os números revelaram que, em Mato Grosso do Sul, R$ 7 bilhões estão à disposição daqueles que detém o poder de compra e regulação e, ainda, que não há nenhum tipo de prevenção para detecção, investigação, correção e monitoramento adequado às boas práticas. “Há necessidade de um sistema em que a prevenção esteja presente para que esses recursos não possam ser malversados”. O alerta é do conselheiro e corregedor geral do TCE-MS, Ronaldo Chadid.

No Estado foram pesquisadas 282 organizações, e o estudo demonstrou que apenas 25 delas apresentaram níveis aceitáveis de suscetibilidade à fraude e corrupção. “Isso não significa que as organizações públicas de Mato Grosso do Sul são corruptas, mas significa que na presença de pessoas que queiram cometer atos de fraude e corrupção, é muito provável que vão lograr êxito”, ressaltou o secretário de Controle Externo do TCU-MS, Tiago Modesto Carneiro Costa.

O orçamento à disposição dos administradores públicos em âmbito federal, estadual e municipal é de R$ 27 bilhões, sendo que R$ 7 bilhões podem ser utilizados pelos administradores com total liberdade para escolher fornecedores e compras. “Foi em cima desse número que nós trabalhamos, mas não apenas isso, porque tem também o poder de regulação, o poder da caneta que, às vezes, vale muito mais do que o poder do dinheiro” destacou.

Entre 2015 e 2018 foram apurados em Mato Grosso do Sul um total de 3.078 casos de corrupção. 678 ilícitos seguem em apuração pela Polícia Federal, sendo que apenas 234 casos foram informados pela própria organização vítima do crime. Na avaliação dos pesquisadores, isso demonstra que na maior parte das instituições não há mecanismos de alerta contra fraudes.

Foto: Mary Vasques

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