15/03/2019 18h14
Por: Suelen Morales
Os 124 candidatos aprovados no último concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, entraram nesta semana com um recurso quanto a sentença judicial de primeira instância, que anulou a prova de digitação realizada em setembro de 2018, trazendo à tona a discussão sobre a legalidade da etapa.
Os candidatos aptos em todas as etapas se sentiram prejudicados com a decisão e entraram com recurso pedindo que o tribunal reforme essa decisão. Eles alegam que a etapa ocorreu com a total legalidade por parte do estado e que o suposto “vazamento” não maculou a aplicação da prova, pois o “vazamento” foi incompleto, com 147 erros (sendo que eram permitidos apenas 20) e foi vazado em um grupo chamado “Recurso Digitação PCMS”, formado por candidatos já inaptos na presente etapa.
A candidata Ingrid de Paula de 31 anos, diz ter esperanças de que a sentença seja reformada o quanto antes.
“O sentimento que fica é de injustiça e indignação. Quem fez a prova sabe o quanto estudou, se esforçou e treinou. O texto vazado não beneficiou ninguém, tanto que houve mais reprovações do que aprovações. Temos esperança que o desembargador refaça essa sentença”, desabafou.
Nos autos, várias provas foram anexadas reforçando a legalidade da etapa, como porcentagem de aprovação e reprovação após o suposto “vazamento” e laudos complementares da Acadepol (Academia da Polícia Civil) sobre máquinas e equipamentos usados na prova.
Ingrid afirma que é clara a necessidade urgente de mais efetivo policial nas delegacias do estado, para atendimento da população e resolução de crimes.
“Esperamos que o Estado prossiga com andamento mais rápido possível, são quase dois anos que estamos nessa luta e sabemos que efetivo atual é pequeno. As delegacias estão precisando e o concurso está enrolando, queremos fazer valer o nosso direito e começar a trabalhar logo”, finalizou.