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Pais de menino que foi armado para escola devem ser responsabilizados

Criança efetuou um disparo no pé nesta quarta-feira

18/10/2018 11h46
Por: Redação

De acordo com o delegado Rodrigo Camapum, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, os pais do menino de 9 anos que levou uma arma para a escola em que estuda, o Colégio Adventista do Jardim dos Estados, devem ser responsabilizados criminalmente pelo ocorrido.

Segundo Camapum, os pais ainda não foram ouvidos e o caso deverá ser encaminhado para delegacia especializada. Camapum disse que eles deverão ser responsabilizados dentro do artigo 13 do Estatuto do Desarmamento.

O artigo dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sinarm (Sistema Nacional de Armas).

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

O garoto ainda está internado na Santa Casa de Campo Grande, e deve receber alta ainda nesta quinta-feira (18). Ele passou por suturas no pé depois do tiro. Após receber alta será ouvido para esclarecer como teve acesso à arma do pai, que é legista da Polícia Civil.

O pai contou que a arma estava guardada em seu escritório na casa onde moram, que fica fechado e não sabe como o filho teve acesso à chave. O motivo que levou o menino a levar a arma para escola e efetuar o disparo serão apurados, após a alta dele.

O garoto carregava uma pistola 637 dentro da lancheira, que estava na mochila. Os pais dele são legistas da Polícia Civil. Um aluno da escola chegou a comentar que o menino já teria dito que “andava com uma arma”. De acordo com a polícia, ele colocou a mão dentro da lancheira, o dedo no gatilho e efetuou o tiro que o atingiu.

A Corregedoria da Polícia Civil irá acompanhar o caso, e ainda será decidido ou não pela abertura de procedimento administrativo. A arma era pessoas do médico legista, e não fazia parte do patrimônio do Estado, segundo a assessoria de comunicação da Sejusp.

A escola emitiu uma nota sobre o ocorrido:

O Colégio Adventista Jardim dos Estados informa que na tarde desta quarta-feira, 17, um aluno do ensino fundamental, sem consentimento e conhecimento dos pais e da própria escola, entrou com uma arma, dentro da sua lancheira. Esta, ainda ali, disparou, atingindo o próprio membro inferior do próprio aluno.

Imediatamente, foi chamado socorro médico para o aluno e os demais colegas foram encaminhados para outra sala, onde ficaram em segurança. A escola lamenta o ocorrido e está prestando a assistência necessária à criança, à família e à polícia na investigação.

A segurança e bem-estar emocional dos alunos é preocupação primordial neste momento. As aulas devem seguir normalmente a partir de amanhã. Os alunos que presenciaram o ocorrido e todos os que sentirem necessidade terão atendimento psicológico.

(Minamar Junior/Midiamax)

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