Morador do Jardim Macaúbas reclama de sujeira, mau cheiro e falta de resposta da Sisep após várias tentativas de contato
Há mais de três meses, um morador do Jardim Macaúbas, em Campo Grande, convive com o acúmulo de entulhos em frente à própria residência, na Rua Enéas Francisco Belo, esquina com Castorina Rodrigues da Luz. O material, segundo ele, foi deixado por equipes da Prefeitura Municipal após obras de pavimentação e calçamento, e nunca foi recolhido.
“A calçada aqui está toda suja, tudo cheio de entulho que foi amontoado para eles pegar o nível da calçada e depois não voltaram para retirar toda essa sujeira. Um verdadeiro descaso”, relatou o morador, indignado.
De acordo com o morador, após o término das obras, o entulho deveria ter sido removido da calçada e recolhido pelo serviço público. Mas o que ficou foi um amontoado de restos de obra que se transformou em ponto de descarte irregular. Sofás velhos, vasos sanitários, marmitas e sacos de lixo agora se misturam ao material deixado pela empreiteira, provocando mau cheiro, risco de proliferação de insetos e prejuízo à vizinhança.
O morador afirma já ter procurado a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) quatro vezes para solicitar providências. Segundo ele, a única ação feita até o momento foi a retirada de uma manilha, mas a máquina utilizada danificou a calçada recém-construída. “Pedi para voltar lá para retirar toda aquela sujeira, mas simplesmente fui ignorado. Enquanto isso tenho que suportar o mau cheiro e um monte de entulho deixado em frente da minha casa”, lamentou.
O problema se repete, segundo o morador, em outras ruas onde a mesma empreiteira realiza obras para a prefeitura. A situação expõe falhas na fiscalização dos contratos e na responsabilidade pós-obra — etapa essencial para evitar prejuízos e transtornos à população.

Resposta da prefeitura
Em nota, a prefeitura informou que o descarte irregular de resíduos em vias públicas é crime ambiental e que casos como este devem ser denunciados à Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana pelo telefone 153, para que o autor seja autuado em flagrante.
A resposta, no entanto, não menciona a responsabilidade das equipes da própria administração municipal, apontadas pelo morador como as autoras do descarte.
Enquanto o impasse persiste, o entulho segue acumulado, e o sentimento do morador é de abandono e indignação — um retrato da distância entre o discurso de eficiência e a realidade enfrentada por quem vive nas regiões mais afastadas da capital.
*com informações Top Midia News











