O Governo do Estado reconstruiu esse ano 31 pontes de madeira queimadas pelos incêndios florestais no Pantanal, entre 2020 e 2021, e abriu licitação da reimplantação das duas últimas travessias atingidas pelo fogo, localizadas na MS-228 (Estrada-Parque), em Corumbá.
No total, foram reconstruídos 958 metros de pontes, sendo uma – Aquidaban, em Porto Murtinho, na MS-382 – refeita de concreto. Os investimentos do Estado, com recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS), levam infraestrutura viária aos pantanais da Nhecolândia e do Nabileque, nos municípios de Miranda, Corumbá e Porto Murtinho.
“O acesso é fundamental para o ir e vir das pessoas e o escoamento da produção, sem o qual não se chega ao Pantanal em época das águas. O Pantanal um dos principais centros de criação da nossa pecuária e temos o turismo forte na região. Por isso, o governo priorizou a reconstrução das pontes, aproveitando o período de estiagem”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.
Pontes licitadas
Além das travessias sobre rios, córregos e corixos, garantindo a trafegabilidade principalmente em períodos de cheia, o governador lembra que recursos do Fundersul também estão sendo direcionados para a interligação rodoviária de regiões isoladas do Pantanal. Mais de 300 km de estradas com aterro e cascalhadas estão sendo implantados em Corumbá, Rio Negro, Rio Verde e Coxim.
As 31 pontes reconstruídas com vigamento simples, com extensões entre seis e 130 metros de comprimento, estão localizadas nas MS-184, MS-228, MS-325, MS-195, MS-243 e MS-382. As maiores são do Rio Naitaca (MS-382), de 130 metros, e da Vazante do Relógio (MS-195), de 90 metros. Concluídas, algumas estruturas ainda aguardam liberação ao tráfego.
No dia 3 de agosto, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) lançou no Diário Oficial do Estado os avisos de licitação para a reimplantação das pontes de madeira nos corixos do Sarã e do Areião, na MS-228, em Corumbá. As travessias possuem entre 100 e 90 metros de comprimento. A abertura do processo licitatório será no dia 5 de setembro.
Ação preventiva
Para evitar novos danos às pontes de madeira com a chegada do período mais seco e de incidência de focos de calor no Pantanal, a Agesul vem realizando trabalho de limpeza da vegetação seca no entorno das estruturas, os chamados aceiros. Com a seca na região, um grande número de pontes conta com acessos nas laterais, o que também contribui para controlar o fogo.
