O jovem de 21 anos, morto na última quinta-feira (02) após consumir bebidas alcoólicas de forma excessiva em Campo Grande, não tinha ingerido metanol. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (06) em nota conjunta assinada pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Conforme o const, o corpo passou por exames preliminares realizados pela Polícia Científica e nas amostras coletadas não foram identificadas a presença de metanol. Até então, o caso vinha sendo investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon).
Durante os trabalhos, a equipe chegou a fazer uma operação em um mercado e uma conveniência próximas da casa do rapaz, no bairro Jardim Colibri, apreendendo 13 garrafas de pinga e outras bebidas alcoólicas. O Brasil enfrenta uma espécie de surto por intoxicação de metanol, composto usado na fabricação de bebidas falsificadas.
A Sejusp detalhou que os exames complementares do jovem morto seguem em andamento para verificar a presença de outras substâncias e determinar a causa da morte. Até o momento, Mato Grosso do Sul apura quatro casos suspeitos de intoxicação em Campo Grande, Ladário, Rio Brilhante e Caarapó.
O óbito
A vítima consumiu uma garrafa de whisky no sábado (27) e cachaça no domingo (28), na quinta-feira (2) passou mal, com dores no estômago, náuseas e vômito. O rapaz chegou a desmaiar e foi levado pelo SAMU até a UPA do bairro Universitário, onde houve uma piora no quadro clínico, com crise convulsiva e parada cardiorrespiratória.
As equipes médicas realizaram manobras de reanimação e intubação, mas ele não resistiu e faleceu na noite daquele dia, após uma nova parada cardíaca. O jovem tinha histórico de etilismo, iniciado há cerca de nove anos. Para a família, ele foi intoxicado pelo metanol, composto químico misturado ilegalmente na fabricação de bebidas alcoólicas.
Sintomas
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.
Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).
Em caso de identificação dos sintomas, busque imediatamente os serviços de emergência médica e contate pelo menos uma das instituições a seguir:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui);
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;
É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.
A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.




















