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Máscara de tecido: uma alternativa para se proteger

Devido a pandemia, insumos hospitalares estão em falta. No Brasil, a realidade é ainda mais difícil. Mas, criatividade não nos falta e por isso, o Ministério da Saúde autorizou o uso de máscaras caseiras feitas de tecido

08/04/2020 15h20
Por: Suelen Morales

Devido à dificuldade global de conseguir máscaras e álcool em gel, o Ministério da Saúde está incentivando à população a fabricar suas próprias máscaras feitas de tecido. Já quanto as máscaras cirúrgicas e filtrantes, como a N95, o governo mantém o apelo para que sejam destinadas aos profissionais de saúde e pessoas com sintomas do novo coronavírus, o Covid-19.

As máscaras caseiras impedem a que as gotículas expelidas do nariz ou da boca fiquem no ambiente, funcionando como uma barreira física contra a disseminação de doenças virais. “As máscaras de tecido são uma alternativa dentro do atual cenário de escassez de EPIs mundial. Estão longe de ser as ideais, mas também não deixam de ser uma barreira”, explica a infectologista Lis Regina Calixto Alves Renno.

Essa medida alternativa vem auxiliando na mudança de comportamento da população brasileira, já que não possuímos o hábito de usar máscaras. “O que a população precisa sempre estar atento é que enquanto estiver usando a máscara de tecido não devem ficar tocando na parte externa da máscara a todo momento para ajustar na face, pois a mão pode estar contaminada e assim contaminar a parte externa da máscara”, alerta a infectologista.

Vale lembrar que a máscara é uma proteção adicional para conter o ciclo de propagação do novo vírus. Mas o importante é seguir principalmente as regras de distanciamento social e a higienização das mãos.

A infectologista, Lis também dá dicas de como limpar as máscaras de tecido para reutilização. “Quando for retirar para higienizar, deve armazenar em um recipiente separado. Ao chegar em casa lavar de forma a deixar pelo menos 10 minutos no hipoclorito e usar sabão normal. Nada específico. E nunca, nunca! Esquecer da higienização das mãos. Essa sim sem sombra de dúvida é uma das principais formas de evitar contaminação”, garante.

Para garantir a efetividade das máscaras, devem ser usados tecidos com boa capacidade de filtragem de gotículas. O ministério recomenda o tecido de saco de aspirador; cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%; tecido 100% algodão (como tricoline); e fronhas de tecido antimicrobiano.

O mais importante é que as máscaras sejam feitas com camadas duplas de tecido, nas medidas corretas, cobrindo totalmente a boca e nariz (cerca de 21 centímetros de altura e 34 cm largura) e que estejma bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

A recomendação também foi reforçada pelo secretário de saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, na live das redes sociais do governo na terça-feira (7). “Diante da insuficiência mundial de insumos, como as máscaras por exemplo, o Ministério orienta aos cidadãos para que produzam a sua própria máscara de tecido”, recomendou o secretário.

Além disso, o Governo do Estado afirmou que está produzindo um vídeo de como confeccionar sua própria máscara de tecido em casa.

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