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MPT alerta para risco de fragilização e precarização do instituto da aprendizagem profissional

Divulgação

Nota pública defende maior diálogo social sobre minuta de proposta que visa alterar regras para contratação de aprendizes

Em nota pública divulgada na quinta-feira (21), o Ministério Público do Trabalho (MPT) alerta para os riscos de fragilização e de precarização do instituto da aprendizagem profissional no país, caso a minuta da proposta do Ministério da Economia que visa alterar regras para a contratação de aprendizes entre em vigor.

Entre as questões que preocupam o MPT, as alterações inseridas na minuta de portaria promovem uma redução quantitativa e qualitativa da carga horária teórica dos programas e cursos de aprendizagem profissional, reduzindo o seu caráter educativo e formativo e retirando diretrizes gerais e curriculares importantes.

Assinada pelas Coordenadorias Nacionais de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) e da Promoção da Igualdade e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), do MPT, a nota defende ainda um debate mais ampliado e um maior diálogo sobre o assunto.

O documento destaca que “causa espanto a publicação e abertura de uma consulta pública no dia 29/12/2020, às vésperas da virada do ano, assim como o prazo exíguo de trinta dias para “comentários e sugestões do público em geral” já que a finalidade da medida, a rigor um instrumento de transparência e publicidade, tem justamente o propósito de possibilitar e estimular a participação da sociedade na discussão de tema tão relevante”.

Para as coordenadoras da Coordinfância e da Coordigualdade, é lamentável que no Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil e num período de crise econômica acentuada gerada pela emergência sanitária, com risco de exponencial aumento do trabalho infantil, o Poder Executivo Federal, ao invés de instituir medidas e políticas que visem prevenir e erradicar o trabalho de crianças e adolescentes, combater a desigualdade social e a pobreza, estabeleça um conjunto de medidas que fragilizam e empobrecem a aprendizagem profissional, bem como restringem o seu acesso a públicos vulneráveis.

Para mais informações, acesse aqui a íntegra da nota pública.

Foto: Ascom PRT-23

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