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“Bonecos do Mundo” trazidos pelo Sesi para Capital deram nome a operação da PF

Evento com 2 edições na Capital, trouxe grupos nacionais e também da Itália, Rússia, Estados Unidos e Coréia, Peru, Japão

19/02/2019 11h58
Por: Redação

Deflagrada na manhã desta terça-feira (19/2) em Mato Grosso do Sul e outras cinco unidades da federação, além do Distrito Federal, a Operação Fantoche da Polícia Federal recebeu este nome por conta de um dos festivais realizados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) em 2009 e 2013. O evento trouxe para a Capital grupos nacionais e também da Itália, Rússia, Estados Unidos e Coréia, Peru, Japão.

Em 2013, o evento foi trazido pelo órgão comandado por Sérgio Longen para comemorar os 114 anos de Campo Grande com apresentações teatrais entre os dias 24 e 25 de agosto no Parque das Nações Indígenas. Foram montandos à época, três palcos e mais estandes espalhados pelo parque. O espetáculo foi idealizado por Lina Rosa Gomes, um dos alvos de prisão da Operação Fantoche.

A PF ainda não detalhou se as apresentações na Capital estão na mira.

O delegado Renato Madsen, da Polícia Federal, em coletiva realizada no Pernambuco, disse que a investigação começou há alguns anos, a partir de uma empresa que estava recebendo grande parte de recursos para eventos culturais.

Segundo ele, percebeu-se que esses valores estavam superfaturados e que foram criadas empresas de fachada. “Conseguimos identificar também que o dinheiro não era destinado totalmente a essas produções culturais”, afirmou o delegado.

A investigação aponta que um grupo de empresas, sob o controle de uma mesma família, vem executando contratos, desde 2002, por meio de convênios tanto com o ministério, quanto com as entidades. Eles já receberam mais de R$ 400 milhões.

O Instituto Origami, Aliança Comunicação e Cultura, Idea Locação de Estruturas e Iluminação, Somar Intermediação e Negócios e Ateliê Produções Artísticas estariam criando empresas de fachada, segundo a Polícia Federal, para dificultar o suposto superfaturamento e desvio de recursos pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

“Queremos investigar até que ponto esse esquema partiu do sistema S daqui e reverberou em outros estados”, afirmou o delegado.

Espetáculo 'Bonecos do Mundo', em comemoração aos 114 anos de Campo Grande . Divulgação/Fiems

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