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Cesta Básica de Campo Grande registra a maior variação entre as capitais

30/03/2020 14h54
Por: Redação

Depois da retração percentual mais expressiva registrada em Fevereiro, a pesquisa da cesta básica realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese) em Campo Grande apresentou a variação percentual mais expressiva entre as dezessete capitais pesquisadas. Com alta de 6,54%, a cesta teve custo de R$ 474,53 – um aumento de R$ 29,13 em relação ao valor desembolsado para aquisição dos alimentos no mês de Fevereiro. Contudo, a cesta da capital morena posicionou-se como a 8ª mais acessível.

O preço da cesta básica apresentou aumento em 15 das 17 capitais pesquisadas no período. As altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (6,54%), Rio de Janeiro (5,56%), Vitória (5,16%) e Aracaju (5,11%). As quedas foram observadas em Belém (-3,27%) e São Paulo (-0,24%).

Na comparação anual, o custo da cesta de Março dos anos de 2019 e 2020, a variação foi de 6,04%. No terceiro mês do ano passado, a cesta básica para um trabalhador campograndense teve custo de R$ 447,50 – R$ 27,03 mais barata em relação ao conjunto de alimentos que compõe a cesta em 2020.

Sobre a cesta familiar, que é destinada ao atendimento de uma família composta por dois adultos e duas crianças, o custo no terceiro mês de 2020 foi de R$ 1.423,59, um aumento de R$ 87,39 na comparação com os gastos realizados por uma família em Fevereiro com alimentação básica. Comparando com mesmo mês do ano anterior, o aumento em 2020 foi de R$ 81,09, posto que a cesta familiar em 2019 teve custo total de R$ 1.342,50.

O custo da cesta familiar apresentou uma equivalência de 1,36 vezes com o salário mínimo bruto, um aumento em 0,08 p.p. na comparação com Fevereiro. Acompanhando este crescimento, o nível de comprometimento do salário mínimo líquido3 para aquisição de uma cesta básica teve aumento em 2,76 p.p., uma vez que o percentual passou de 46,33% em Fevereiro para 49,09% em Março.

No mês que encerra o primeiro trimestre, os trabalhadores que recebem um salário mínimo experimentaram aumento na jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica. Foi preciso trabalhar 6 horas e 08 minutos a mais em relação à Fevereiro, posto que a jornada foi de 99 horas e 54 minutos.

Em relação aos preços, o quadro observado em Março é praticamente o oposto do que foi notado em Fevereiro, pois foram observadas dez altas e duas baixas. Nos dois meses houve um produto para o qual não foi registrada variação.

Depois da retração observada em Fevereiro, em Março o preço do Café (0,00%) ficou estável, permanecendo o preço médio de 500 gramas do produto na casa dos R$ 7,09.

As altas foram observadas nos preços de Tomate (58,44%), Batata (23,35%), Banana (14,19%), Arroz (8,48%), Leite (7,10%), Açúcar cristal (5,08%), Farinha de trigo (1,65%), Manteiga (1,08%), Óleo de soja (0,93%) e Carne bovina (0,24%).

Baixaram de preços o Pãozinho francês (-2,34%) -, cujo preço médio passou de R$11,13 para R$ 10,87, e o Feijão carioquinha (-0,37%) – que passou de R$ 5,45 para R$ 5,43.

Em 12 meses, Feijão (-34,02%) e Batata (-29,40%) apresentam as retrações mais expressivas. As altas foram observadas nos preços de Banana (23,23%) e Carne (21,23%). O preço médio destes itens em Março de 2020 foram de R$ 7,64 e R$ 25,30, respectivamente.

Fernando Gomes / Agencia RBS

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