16/05/2020 17h28
Por: Redação
Neste período de pandemia e isolamento social, a saúde mental pode ser afetada pela situação de emergência em saúde mundial e pela alteração drástica na rotina diária.
A professora Bruna Moretti Luchesi é docente do curso de Medicina do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e propôs uma pesquisa para avaliar a saúde mental de idosos brasileiros durante a pandemia da Covid-19, com foco nos sintomas de depressão e de ansiedade. A proposta foi selecionada no edital UFMS Contra o Coronavírus.
A avaliação será realizada por meio de um questionário online voltado para pessoas com 60 anos ou mais, que residam no Brasil e tenham acesso à Internet. Ele será divulgado por e-mail e em mídias sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp. “O questionário ficará disponível para resposta durante um mês e contamos com a colaboração da população para divulgação do mesmo”, informa Bruna.
As questões contemplam dados de caracterização como sexo, idade e estado civil, uma avaliação breve sobre a saúde e uma avaliação do isolamento social e dos sentimentos relacionados ao coronavírus. Também serão aplicados dois instrumentos para avaliação de sintomas depressivos e ansiosos, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) e o Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI).
Segundo a professora, o levantamento desses dados pode contribuir com o desenvolvimentos de políticas de saúde voltadas para este público. “Esperamos conhecer um pouco da realidade dos idosos diante da pandemia, como estão se sentindo, o que estão pensando sobre o que está acontecendo, que cuidados estão tomando, etc. Os resultados podem auxiliar no planejamento de ações voltadas à saúde mental da população idosa, tanto no período de pandemia como após o término da mesma”.
No momento o projeto está sob análise da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). “Todos os projetos realizados com seres humanos precisam ser avaliados quanto aos aspectos éticos e não podem iniciar antes da aprovação. Essa avaliação considera os riscos e benefícios da pesquisa aos participantes”, explica. “Normalmente eles são avaliados pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFMS, mas como se trata de uma das áreas temáticas especiais definidas pela Conep, ele será avaliado pela mesma, em âmbito nacional”.
