22.8 C
Campo Grande
sexta-feira, 29 de março, 2024
spot_img

EUA e China negociam exploração da Lua, diz Nasa

19/01/2019 13h30
Por: Noticias ao Minuto

As agências espaciais americana e chinesa estão negociando a exploração da Lua, segundo informou a Nasa nesta sexta-feira (19). O Congresso dos Estados Unidos está receoso com a transferência de tecnologia para a China.

Pelo Twitter, o responsável pelas atividades científicas da Nasa, Thomas Zurbuchen, disse nessa sexta-feira (18) que a agência espacial tinha “conversado com a China” para realizar observações por satélite do pouso da sonda chinesa Chang’e 4, que está no lado oculto da Lua, em 3 de janeiro.

O diretor-adjunto da missão chinessa à Lua, Wu Yanhua, revelou em coletiva de imprensa que a China deu à Nasa a latitude, a longitude e o horário previsto do pouso da sonda, para que pudesse observar este acontecimento.

A Nasa proporcionou a órbita prevista pelo LRO, mas o satélite não pode estar no lugar adequado no momento exato. A agência americana disse que queria observar a nuvem de poeira provocada pelo impacto do pouso.

“Por diferentes razões, a Nasa não foi capaz de ajustar a órbita do LRO para que estivesse em uma posição ótima para observar o pouso, mas a Nasa ainda está interessada na possibilidade de detectar a nuvem muito tempo depois do pouso”, informou.

Nasa divulga vídeo do objeto mais distante já visto

Como explica a ‘France Presse’, estas observações são importantes para futuras missões à Lua. A Nasa planeja montar uma estação na órbita lunar até 2026.

O satélite americano deve fotografar a sonda Chang’e 4 no dia 31 de janeiro, quando passar por cima dela.

“A Nasa e a CNSA (agência espacial chinesa) acordaram que qualquer descoberta significativa que resultar desta coordenação deve se tornar pública para a comunidade científica mundial”, informou em uma conferência do comitê da ONU para o uso pacífico do espaço extra-atmosférico.

Segundo as lei norte-americanas, é proibida qualquer cooperação espacial com a China que implique “uma transferência de tecnologia, dados ou qualquer informação que tenha implicações na economia ou na segurança nacional”.

No entanto, de acordo com a Nasa, a cooperação foi realizada de acordo com “as diretrizes do governo e do Congresso”, além de ter sido “transparente, recíproca e benéfica mutuamente”.

O Congresso norte-americano poderá modificar a lei que foi aprovada como represália a ciberataques atribuídos a China, em 2011.

EUA e China negociam exploração da Lua, diz Nasa

Fale com a Redação