30.8 C
Campo Grande
quinta-feira, 25 de abril, 2024
spot_img

Tecnologia e modernização das legislações avançar na preservação ambiental na capital

05/06/2020 08h07
Por: Redação

Neste dia 05 de Junho celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, essa importante data objetiva chamar a atenção da sociedade em relação a conscientização ambiental a partir de atividades voltadas à formação e ao desenvolvimento sustentável contundentes à promoção do Meio Ambiente.

Campo Grande, ciente de sua responsabilidade socioambiental, publicou em junho de 2017 a Lei Municipal n. 5.812, que institui o Junho Verde, mês de conscientização para ações sustentáveis em prol do meio ambiente. Para que se possa chamar a atenção ao tema e destacar a importância da preservação dos recursos naturais.

A responsabilidade socioambiental é de todos e a prova que estamos no caminho certo é o reconhecimento nacional e internacional que Campo Grande tem alcançado.

Ano passado, durante o II Fórum Brasil de Gestão Ambiental, realizado em Campinas (SP), estive presente representando o município de Campo Grande na cerimônia de entrega do “Prêmio Destaque Nacional em Gestão Ambiental”. O município foi um dos contemplados com a premiação devido ao modelo de gestão ambiental municipal e ao desenvolvimento de políticas públicas ambientais implementadas. A premiação foi promovida pela Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem como objetivo valorizar os municípios por iniciativas que promovam a sustentabilidade socioambiental.

Arborização Urbana e reconhecimento como Tree City of the World

Ainda em 2019, como reflexo de todo o trabalho realizado pela gestão municipal em relação a manutenção da arborização urbana, que engloba também as ações de manejo como podas, remoções e dendrocirurgias, Campo Grande foi homenageada e reconhecida internacionalmente, sendo escolhida e intitulada como Tree City of the World, em tradução, Cidade Árvore do Mundo, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Fundação Arbor Day. Apenas quatro cidades na América do Sul estão entre as primeiras no mundo a serem reconhecidas por seu compromisso com o manejo florestal urbano. Ao total foram 59 cidades em todo o mundo que receberam esse reconhecimento.

Continuam os trabalhos de preservação e manutenção das Figueiras localizadas nas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, árvores símbolo da nossa cidade.

Em relação aos plantios realizados e a distribuição de mudas na cidade temos:

em 2017 temos 10.919 mudas distribuídas e 16.622 mudas plantadas.

em 2018 temos 18.299 mudas distribuídas e 17.320 plantadas.

em 2019 tivemos 20.510 mudas distribuídas e 10.380 plantadas entre todas as regiões urbanas.
Novo SILAM

Neste ano mais um avanço foi alcançado com a publicação do Decreto Municipal n. 14.114, que atualiza a regulamentação da Lei n. 3.612 que instituiu o Sistema Municipal de Licenciamento e Controle Ambiental (SILAM) e o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA). O decreto que moderniza a regulamentação do SILAM estabelece normas, critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local no âmbito do Município de Campo Grande.

O SILAM é o instrumento necessário na promoção de recursos ao Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA), destinados a implantação e a gestão das Unidades de Conservação da Natureza e a efetivação de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), bem como, direcionando os Estudos Ambientais; a autorização, Licenças, regulação e dispensa ambientais; o potencial poluidor; os procedimentos de Licenciamento Ambiental; da Comissão de Controle Ambiental; da Compensação Ambiental; da gradação do impacto ambiental e critérios para gradação de impactos negativos e não mitigáveis; da fiscalização, das infrações e penalidades.

Centros de Educação Ambiental

Os Centros de Educação Ambiental são locais dotados de toda uma estrutura física que compreende auditório, espaço multiuso, trilhas e espaços de convivência, os locais são um convite perfeito à reflexão, à caminhada e à vivência de práticas sustentáveis.

Em Campo Grande temos três CEAs administrados pela Semadur, o Centro de Educação Ambiental Leonor Reginato Santini – CEA Polonês, o Centro de Educação Ambiental Odilza Fernandes Bittar – CEA Imbirussu e o Parque Ecológico Anhanduí – CEA Anhanduí. Além do CEA Florestinha que é administrado em parceria com a PMA.

Durante a atual gestão muitos reparos foram realizados nos locais para que os mesmos possam oferecer à população as condições necessárias para as práticas sustentáveis.

No CEA do Imbirussu, foi realizada a toda a revitalização do local, com a substituição das pontes, manutenção das passarelas, reforma total do prédio da administração entre outros.

No CEA do Anhanduí, também foi realizada a limpeza das trilhas, substituição das passarelas, a substituição do cercamento dos postes de eucalipto por postes de concreto, realização de aceiro no entorno do parque com o objetivo de evitar possíveis incêndios no seu interior.

No CEA Polonês foi realizada limpeza e manutenção de toda a estrutura externa, pintura interna e externa do prédio da administração.

Desta forma, os CEAs passaram a ter permanente manutenção para sediar atividades e eventos ligados à área ambiental.

Temporariamente as visitas e atividades no local estão suspensas devido às normatizações para evitar o contágio e propagação do Novo Coronavírus.

Cercamento das APP

O cercamento e a sinalização das Áreas de Preservação Permanente (APP) dos córregos do município são medidas importantes desenvolvidas pela Prefeitura de Campo Grande, por intermédio da destinação de recursos de compensações ambientais, para a preservação da condição destes locais além da conscientização da população em relação a importância destes locais para a preservação e manutenção dos córregos na área urbana.

Desta forma, já foi possível realizar o cercamento da APP do Córrego Bandeira, além do plantio de várias árvores na região que auxilia na recomposição vegetal, além de ser um importante instrumento para a preservação da área e desempenhar diversas funções como a proteção do solo.

Em 2019 foram finalizados o cercamento de mais duas áreas, a APP da nascente do Córrego Coqueiro, região do Taquaral Bosque e de parte da APP do Córrego Lagoa, região da Vila Anahy. Essas ações resultam na preservação do meio ambiente além da proteção do solo prevenindo a ocorrência de degradação ambiental associada ao uso e ocupação inadequados dessas áreas.

Programa Manancial Vivo

Ao considerar que 60% da água consumida pelos habitantes de Campo Grande provem da Bacia Guariroba, ações de preservação voltadas aos seus mananciais de abastecimento tornam-se indispensáveis. Desta forma, foi instituído o Programa Manancial Vivo (PMV) desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, por intermédio da Semadur, visa a restauração do potencial hídrico e do controle da poluição difusa no meio rural.

O PMV foi destaque como case de sucesso nacional pela Agência Nacional de Águas (ANA) e escolhido para ser apresentado durante o 8º Fórum Mundial da Água 2018. E a partir do PMV a Prefeitura executa o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) realizado nas Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Guariroba e Lajeado. O PSA tem como objetivo a adesão voluntária dos produtores rurais que, por meio de práticas e manejos conservacionistas e de melhoria da distribuição da cobertura florestal na paisagem, contribuam para o aumento da infiltração de água e para o abatimento efetivo da erosão, sedimentação e incremento de biodiversidade na região.

Neste sentido, a durante a execução do programa são previstos pagamentos aos produtores rurais que aderirem ao PMV. Com a comprovação e manutenção de tais práticas conservacionistas os proprietários rurais receberão incentivos financeiros através do PSA. E até 2020 tem a previsão de pagamento pelos serviços ambientais executados na Bacia na ordem de R$ 1 milhão e 800 mil aos 62 proprietários rurais inscritos no programa.

Ecopontos

Os Ecopontos são instalações públicas de uso gratuito pela população e funcionam como locais para o descarte de resíduos de pequenos volumes (até 1 metro cúbico por pessoa/dia) de Resíduos da Construção Civil (RCC), resíduos eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis inutilizáveis, galhos e podas. O Ecoponto conta também como um ponto de Local de Entrega Voluntária (Lev) para disposição de resíduos recicláveis secos, como papéis, metais, vidros e plásticos, que terão as suas destinações finais corretas. Os locais funcionam das 08h às 18h de segunda a sábado.

O primeiro Ecoponto Panamá, foi inaugurado no dia 26 de março de 2018 e está localizado na Rua Sagarana com a Avenida José Barbosa Hugo Rodrigues, no Bairro Panamá. O segundo Ecoponto Noroeste foi inaugurado no dia 31 de agosto de 2018, localizado na Rua Piraputanga esquina com Guarulhos, no Bairro Noroeste. O terceiro Ecoponto Nova Lima foi inaugurado no dia 7 de fevereiro de 2019, localizado na Rua Pacajús n. 194, no Bairro Nova Lima e o quarto Ecoponto União foi inaugurado no dia 24 de junho de 2019, localizado na Avenida Roseira, esquina com a Rua Carmem Bazzano Pedra, no Bairro União.

Todos os Ecopontos já receberam 6.253.760 toneladas de resíduos provenientes de entulhos, 2.384.388 toneladas de móveis inservíveis, 157.920 toneladas de eletroeletrônicos e 5.230.009 toneladas relacionadas ao descarte de podas, que foram corretamente descartados pela população.

Práticas ambientais – descarte correto dos resíduos

A correta gestão e controle dos resíduos sólidos também é um importante instrumento na preservação ambiental. Desta forma, a Prefeitura regulamentou via o Decreto Municipal n. 13.192, de 21 de junho de 2017, o sistema de gestão sustentável de resíduos da construção civil, resíduos volumosos e o plano integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil, no âmbito do município de Campo Grande.

Este Decreto concretizou avanços na área da construção civil, que resultam no melhor gerenciamento e controle dos resíduos descartados em Campo Grande. Em administrações anteriores não era possível realizar tal gerenciamento com tamanha precisão de dados. Com a implantação do aplicativo Coletas Online foi possível georreferenciar o resíduo da construção civil e tornar suas coordenadas conhecidas à fiscalização municipal. Com fiscalizações 100% online feitas por aplicativo no smartphone.

De janeiro de 2019 a abril de 2020 foram descartadas corretamente 738.130 toneladas de resíduos dos grandes geradores, uma média de 50 mil toneladas mensais de resíduos destinados corretamente.

E a partir do Decreto Municipal n. 13.754, de 08 de janeiro de 2018, que determinou as regras gerais para cadastramento e emissão do Controle de Transporte de Resíduos por meio Eletrônico (E-CTR), este documento passou a ser expedido em formato eletrônico e exigido dos operadores que exploram a coleta e o transporte de resíduos da construção civil, com a finalidade de comprovar a correta destinação deste material e visando o controle dos Resíduos da Construção Civil (RCC) permitindo o seu rastreamento desde o gerador até a unidade de destinação.

A emissão do CTR no formato eletrônico teve início em 2019. Hoje temos 90 empresas de caçambas cadastradas que utilizam o serviço e emitem o E-CTR e oito empresas que recebem os resíduos da construção e realizam a destinação final adequada.

Entre janeiro de 2019 e abril de 2020 foram emitidos 137.049 E-CTRs, uma média de nove mil documentos emitidos/mês durante os meses de funcionalidade do sistema.

Desta forma, a Prefeitura de Campo Grande, por intermédio da Semadur, conseguiu identificar e rastrear cerca de 738.130 toneladas de resíduos da construção que foram destinados corretamente aos aterros cadastrados no município. Essas, entre outras ações, resultam na preservação ambiental instituída pela atual gestão.

Tecnologia e modernização das legislações avançar na preservação ambiental na capital

Fale com a Redação