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Três oficiais da PM são condenados no processo da máfia dos cigarros

Outros sete policiais já haviam sido condenados por corrupção e organização criminosa no último dia 6.

11/12/2018 09h43
Por: Redação

Três oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) acusados de liderarem esquema, conhecido como Máfia do Cigarro, foram condenados em julgamento realizado ontem (10), na Auditória Militar Estadual. Outros sete militares tinham sido julgados na última quinta-feira (6). Eles foram presos na Operação Oiketicus.

Foram condenados pelo crime de corrupção o tenente-coronel Admilson Cristaldo e o tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva.

Já o major Oscar Leite Ribeiro foi condenado por prevaricação, que é o servidor público deixar de exercer a função. A Justiça entendeu que ele sabia do esquema, mas não fazia nada para impedir.

Na semana passada, o juiz Alexandre Antunes da Silva, sentenciou a 11 anos e quatro meses os policiais militares: 1º sargento Elvio Barbosa Romeiro, cabo Valdson Gomes de Pinho, soldado Ivan Edemilson Cabanhe, soldado Lisberto Sebastião de Lima e cabo Erick dos Santos Ossuna.

Já o primeiro sargento Jhondnei Aguilera e o primeiro sargento Angelúcio Recalde Paniagua teve sentença com a pena foi maior, 12 anos e três meses. Os crimes são corrupção passiva, previsto no artigo 308 do Código Penal Militar, e organização criminosa. O sargento Nazário da Silva foi absolvido por falta de provas.

Os julgamentos seguem no dia 13, com os também praças Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goe, Cleyton Azevedo, Marcelo de Souza Lopes e Nilson Espíndola.

Ao todo até a conclusão das investigações, 29 policiais militares foram presos na Operação Oiketikus, que investigou desde 2015 os passos da quadrilha formada pelos agentes de segurança pública nas rotas de passagem de contrabando da fronteira que cruzavam todo o Estado.

Operação Oiketicus

Na primeira fase da Oiketicus, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de então servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. No dia primeiro de novembro, a quarta etapa prendeu um tenente-coronel e um sargento.

Policiais presos durante operação Oiketicus, em maio deste ano. Correio do Estado

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