02/03/2020 09h35
Por: Sue Anne Calais
Começa nesta segunda-feira (2) e se estende até amanhã as audiências sobre o assassinato de Matheus Coutinho Xavier, filho do capitão da reserva da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, morto em abril do ano passado com tiros de fuzil em frente à sua casa.
O empresário Jamil Name, Jamil Name Filho e o policial Vladenilson Daniel Olmedo devem ser ouvidos por videoconferência do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Eurico dos Santos Mota, o hacker contratado pela quadrilha para seguir os passos de Paulo Xavier deve ser ouvido também por videoconferência, no presídio de Coxim.
Neste primeiro dia, sete testemunhas de acusação devem ser ouvidas, já no segundo dia mais seis serão ouvidas.
A audiência será feita no Plenário do Tribunal do Júri às 13h30, que deve ter a segurança reforçada já que algumas autoridades policiais prestarão depoimento.
Entenda o caso
Matheus foi assassinado com sete tiros de fuzil em frente a sua casa, no dia 9 de abril de 2019. A execução do jovem de 20 anos teria sido por engano, já que o pai dele, Paulo Xavier, seria o alvo dos pistoleiros.
Um dos envolvidos na situação é o guarda municipal que foi peça-chave na deflagração da Operação Omertà, Marcelo Rios – considerado gerente do grupo.
Os acusados do crime já estavam presos por conta da Operação Omertà, que investigava crimes de pistolagem e milícia ocorridos em Mato Grosso do Sul.
Em novembro do ano passado, foi feito pedido de decretação da prisão preventiva de Jamil Name e Jamil Name Filho pelo homicídio de Matheus, morto a tiros em 9 de abril daquele ano.
Apenas os mandados contra José, o ‘Zézinho’ e Juanil permanecem em aberto e eles são considerados foragidos. Os dois são apontados como pistoleiros do grupo criminoso.
A acusação pelo assassinato de Matheus Coutinho Xavier inclui homicídio doloso qualificado (mediante paga e emboscada), receptação e porte ilegal de arma de uso restrito.
