Publicado em 13/06/2018 12h15
Não acredito em crime perfeito diz promotor que atua no caso Marielle
Coordenador da força-tarefa criada pelo MP, Homero Freitas Filho vê o caso como o mais difícil da DH
O Globo
O coordenador da força-tarefa criada pelo Ministério Público, Homero Freitas Filho, afirma que a apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes é o caso mais difícil desde a criação da Divisão de Homicídios, há 17 anos.
Três meses após a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, qual balanço o senhor faz das investigações?
Dentro dos recursos disponíveis, considero que os avanços na investigação são grandes, com reais possibilidades de identificação e prisão dos executores e mandantes.
É o crime mais complicado desde a criação da Divisão de Homicídios (DH), se compararmos ao assassinato da juíza Patrícia Acioli e ao desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza? Qual a principal dificuldade?
Trabalho com a DH há 17 anos, conhecendo bem o inquérito que culminou com a prisão dos autores do homicídio da juíza Patrícia Acioli. Ofereci denúncia no caso do pedreiro Amarildo e no da engenheira Patrícia Amieiro, morta por PMs na Barra da Tijuca. Sendo assim, posso afirmar que a morte de Marielle é sem dúvida o crime de solução mais complicada. A falta de informações e a conclusão sobre a real motivação do crime são as principais dificuldades.