Denúncia levou a Polícia Militar Ambiental (PMA) até uma residência no Jardim Tarumã, em Campo Grande, onde haviam 72 galos de rinha, na manhã deste sábado. O dono das aves foi preso e multado por maus-tratos.
Segundo boletim de ocorrência, a denúncia relatava a existência de uma rinha de galo e maus tratos de animais domésticos em uma casa na Rua Florão. No local, os militares encontraram as aves, cada um em uma jaula e com sinais de serem utilizadas em rinhas (brigas), como com as esporas cortadas e sem penas nas coxas.

Questionado, o morador de 46 anos, confessou ser proprietário dos galos e que treinava os animais para serem vendidos em Corumbá e também ao pais vizinho, Bolívia.
A legislação brasileira de proteção ao meio ambiente define como crime a promoção da atividade popularmente conhecida como “Rinha de Galo”. Tal atividade consiste na promoção do embate entre dois animais, os chamados galos de briga, e é normalmente acompanhada por cidadãos que realizam apostas.
Essa prática pode render para o cidadão de três meses a um ano de prisão, podendo responder pelo crime de rinha de galo os proprietários dos animais, o dono do local onde a prática é realizada, bem como os eventuais apostadores.
O criador das aves ainda disse desconhecer a lei em sua defesa.
A PMA não pôde confirmar que as lutas aconteciam no local. Também não havia apostadores por lá.
Os animais foram apreendidos e deixados no local por impossibilidade de transporte adequado, sob a responsabilidade do autor (fiel depositário), até que providências sejam tomadas por parte dos órgãos ambientais competentes, como o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
O infrator foi conduzido para delegacia e responderá por maus-tratos, e multado em R$ 36 mil.