18/07/2016 06h05
Em despedida da Série D, Comercial perde por 2 a 0 no Douradão
CG News
Em meio a graves problemas financeiros e desfalcados por atletas que abandonaram à equipe por causa da falta de pagamento de salários, o Comercial se despediu da Série D do Brasileiro com derrota na noite deste domingo (17). O jogo, contra o Ceilândia (DF), terminou em 2 a 0.
A partida foi disputada em Dourados pois, em Campo Grande, o Estádio das Moreninhas, único liberado para jogos profissionais na Capital, não tem iluminação apta para duelos noturnos – por padrão, os confrontos da última rodada da Série D foram disputados todos no mesmo horário, a partir das 17h (MS).
Em campo, o Comercial se apresentou desfalcado de alguns titulares que abandoram a equipe devido aos problemas financeiros. Entre eles está o goleiro Martins e o meia Uelison Santana, que acertou com o Operário Mafra, equipe tradicional do interior de Santa Catarina e que disputa divisões inferiores no Estado.
Diante de público pequeno, o Ceilândia chegou à vitória com dois gols de Gilvan, marcados aos 19 minutos do primeiro tempo e aos quatro minutos da etapa final. A equipe se classificou como líder do Grupo A10, enquanto o Comercial ficou de fora, na 3ª posição, com apenas quatro pontos somados – uma vitória e um empate em seis jogos disputados.
Greve – Durante a semana, os atletas comercialinos ameaçaram não entrar em campo caso a situação não fosse regularizada. A greve ganhou repercussão pois, caso o time não entrasse em campo, o colorado perderia por W.O e seria punido em dois anos sem poder participar de torneios nacional.
Com isso, o time não poderia participar da Copa do Brasil ano que vem, abrindo vaga para o Operário na competição, que oferece cerca de R$ 240 mil – valor oferecido em 2016 – para os participantes de Mato Grosso do Sul (equipes que estão na faixa de cota III), maior atrativo da competição para os clubes participarem dela.
Porém, em reunião, ficou definida a ida da equipe para Dourados na manhã de hoje, encerrando de última hora a greve que se instaurou no clube, após negociações entre os líderes dos atletas e o presidente Ítalo Milhomem.
Nenhum adiantamento financeiro foi dado, mas foi prometido que logo que uma verba de apoio da Governo do Estado fosse liberada, no valor de R$ 200 mil, as dívidas salariais seriam quitadas. Porém, o clube enfrenta um efeito “bola de neve”, já que para receber a quantia, precisa justamente quitar débitos trabalhista e conseguir certidões negativas.





















