28/07/2016 07h45
Lutador da Nova Zelândia sequestrado por PMs não ficará no Brasil, afirma professor
Extra.Com
O professor de Jiu-Jitsu do lutador da Nova Zelândia Jason ‘Jay’ Lee, que sofreu um sequestro-relâmpago por dois policias militares no último fim de semana em Duque de Caxias, afirmou que o atleta está muito assustado e não pretende mais ficar no Brasil.
— Falei com ele na segunda-feira e ele disse que não quer ficar no Brasil, que vai voltar para o país dele. Depois, não retornou mais nenhuma mensagem e não veio mais treinar— contou Julio Cesar Pereira, conhecido como “Mestre Julio”.
Jay Lee treinava na academia GFTeam, no Méier, e pretendia conseguir a faixa preta para abrir uma academia na Nova Zelândia. Segundo o professor, esta é a terceira temporada dele no Brasil para os treinos:
— Ele buscou a academia na internet e veio como muitos outros estrangeiros também vem para cá treinar conosco e aprender o Jiu-Jitsu. Geralmente, os atletas vem com um professor brasileiro, mas o Jay veio sozinho com a namorada — disse.
No local, segundo Mestre Julio, outros 10 estrangeiros treinam atualmente com o grupo, e essa foi a primeira vez que algum deles desistiu por questões de segurança. Ainda segundo o professor, o neozelandês já tinha sido roubado outra vez na Praia de Copacabana e ficou muito assustado com o roubo.
O lutador não quis falar com a imprensa, mas namorada dele, Laura McQuillan, afirmou ao EXTRA que ele está muito assustado com tudo que aconteceu . Ele contou a um jornal da Nova Zelândia – e reafirmou em depoimento – que policiais numa moto o pararam e, quando perceberam que ele era estrangeiro, alegaram que o lutador não poderia dirigir sem um passaporte. Depois, afirmaram que ele precisaria pagar R$ 2 mil ou seria levado para a Polícia Federal. Com medo, Jay foi com os supostos policiais militares a dois caixas eletrônicos onde fez os saques.
Policiais estão presos
Os dois policiais militares suspeitos de participar do sequestro de um lutador de um jiu-jitsu da Nova Zelândia tiveram as prisões temporárias decretadas pela Auditoria da Justiça Militar. Os cabos Fábio da Costa Barbosa e Anderson Nunes Franco, lotados no Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE), estão detidos em um presídio de Niterói.
Eles prestaram depoimento e confirmaram ter abordado um motorista estrangeiro, no último sábado, no entrocamento da Linha Vermelha com a Rodovia Washington Luís. Os militares alegaram que apenas ajudaram o lutador que, na versão apresentada pelos policiais, estaria com problemas mecânicos no carro que dirigia.





















