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segunda-feira, 17 de novembro, 2025
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Bolsonaro defende união nacional por vacinação contra a covid

Evento, no Palácio do Planalto, serviu para o governo explicar como será feita a campanha nacional de vacinação contra a covid-19

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quarta-feira (16) uma união nacional em prol da vacinação da população brasileira contra a covid-19. “São 27 governadores com um propósito comum: a volta à normalidade”, disse.

Bolsonaro fez um mea culpa no início de seu discurso, no evento marcado para fazer apresentação do plano nacional de imunização.

“Se algum de nós extrapolou ou até exagerou foi no afã de achar uma solução”, afirmou, em referência à disputa política travada entre ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Bolsonaro declarou que o momento é de paz e entendimento. “Não sabíamos o que era esse vírus, como não sabemos ainda, mas a solução está por vir”, comemorou.

O presidente voltou a dizer que a vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) será gratuita e opcional à população.

O evento, no Palácio do Planalto, foi marcado para explicar o documento enviado pelo Ministério da Saúde ao STF (Supremo Tribunal Federal) no último final de semana.

Nele, foi anunciado que o governo federal fará uma campanha nacional para mostrar à população as vantagens de tomar a vacina.

Plano nacional de vacinação

O Ministério da Saúde apresentou hoje o plano nacional de vacinação contra a covid-19 em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Chamado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, tem a previsão de imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021. A imunização de toda a população brasileira deve ocorrer entre 12 e 16 meses.

“O cronograma [de distribuição e imunização] depende de registro. Eu posso falar de hipóteses. Temos mais de 300 milhões de doses já negociadas. Temos previsão de medida provisória para ser assinada ainda essa semana de R$ 20 bilhões”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a cerimônia. O ministro já havia afirmado anteriormente que a vacinação ocorrerá cinco dias após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar um imunizante.

Os grupos prioritários à vacinação – aqueles considerados mais vulneráveis à doença – serão imunizados em quatro fases. “Principal objetivo é a manutenção dos serviços essenciais”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, durante a cerimônia. 

Na primeira fase estão profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas acima de 60 anos que vivam em instituições como asilos e indígenas. São estimadas 29 milhões de doses nessa fase, levando em conta que cada uma tomará duas doses de vacina.

A segunda fase inclui idosos acima de 60 anos, o que representa 44 milhões de doses de vacina. A terceira fase será composta por pessoas com comorbidades, o que equivale a 26 milhões de doses. E a quarta fase engloba professores, do nível básico ao superior, profissionais de forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional, o que corresponde a 7 milhões de doses. 

Nessas primeiras quatro fases, o governo afirma que planeja usar a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Assim que aprovado, o imunizante será produzido pela Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. 

O governo federal deve receber 100 milhões de doses da vacina de Oxford até julho de 2021, conforme um acordo prévio. Para o segundo semestre, estão previstas 160 milhões de doses produzidas pela Fiocruz.

O Brasil também receberá 42,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 por meio da Covax, aliança global para distribuição de imunizantes contra a doença coordenado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), determinada de acordo com a aprovação para uso. 

Há ainda uma negociação para que o país obtenha 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. No documento, o governo afirma dispor de orçamento para a compra de outras vacinas em fase de testes e menciona 13 candidatas, entre elas a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, assim que aprovada, e consta do plano de vacinação do Estado de São Paulo.

Outras vacinas que podem ser adquiridas pelo país são Sputinik V, Janssen e Bharat Biotech, segundo o Ministério da Saúde. 

Fonte: R7

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