Supermercados sobrevivem em tempos de novo consumo

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08/09/2016 09h00

Supermercados sobrevivem em tempos de novo consumo

Setor aposta em recuperação de vendas de até 2%

Correio do Estado

Com alta de 0,66% nas vendas de janeiro a julho deste ano no País, índice que também reflete o cenário sul-mato-grossense, setor supermercadista do Estado dá mostras de recuperação, mas ainda tem como principais desafios para fechar “no azul” neste ano reverter a queda de consumo, fortemente influenciada pela redução do poder de compra das famílias, mudança de hábitos do cliente na hora das compras e alta de preços de alimentos.

Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item alimentação no domicílio teve alta de 9,36% de janeiro a julho deste ano em Campo Grande, principal termômetro de vendas e mercado consumidor do segmento no Estado, superando a própria taxa de inflação medida na Capital no período, de 5,07%.

“A nossa expectativa é manter as vendas (em 2016), chegando a no máximo 2% de crescimento. Não vamos conseguir um aumento maior porque nominalmente as vendas crescem, mas quando tira a inflação dos alimentos — e o nosso movimento de vendas é influenciados pelos alimentos — o aumento nos preços chega a 15%”, afirma Edmilson Veratti, presidente da Associação Sul-mato-grossense de Supermercados (Amas), entidade que conta com 500 empresas filiadas e 1.200 lojas no Estado.

Maior variedade de produtos e preços diferenciados são saída para empresários manterem as vendas - Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado