11/11/2016 14h30
Manifestação reúne 1,5 mil em ato na praça central
Ddos News
A manifestação nacional que reuniu várias frentes sindicais da cidade, na manhã desta sexta-feira (11), contou com a participação de aproximadamente 1,5 mil pessoas, segundo a Guarda Municipal de Dourados. As manifestações são contra a PEC-55 (Proposta de Emenda Constitucional) antiga PEC-241, que tramita no Senado e congela os gastos públicos por 20 anos, assim como a reforma no Ensino Médio.
As ações iniciaram na avenida Guaicurus com panfletagem, em seguida representantes de vários sindicatos como bancários, Aduf-Dourados, técnicos administrativos, Simted, estudantes e indígenas se aglomeraram na praça Antônio João.
Após a concentração, com cartazes faixas, apitos e batuques os manifestantes seguiram em passeata pela avenida Marcelino Pires seguindo pela rua Camilo Ermelindo da Silva até a rua Joaquim Teixeira Alves retornando a praça Antônio João, onde permaneceram mobilizados.
“A nossa mobilização aconteceu já pela manhã as 06h na avenida Guaicurus, depois seguimos para nos unirmos com as outras forças sindicais. Se aprovada essa PEC, irá afetar não apenas os servidores como a população em geral, e a união é muito importantes nesse momento”, comento Cleiton Almeida, membro do comando de greve dos técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Segundo a presidente do Sindracse – Sindicato Regional dos Agentes de Saúde e Endemias de Dourados- Silvia Salgueiro, a PEC deveria ter sido apresentada a população para que eles decidissem. Se aprovada irá a maioria da população será prejudicada.
“A população deveria ter sido consultada, eles é quem deveria votar sobre ela. Alguns serão favorecidos, porém a maioria será prejudicada principalmente a parte mais fraca e vejo como a morte do SUS (Sistema Único de Saúde)”, contou.
Nesta manhã, as agências bancárias também aderiram a manifestação atrasando em duas horas o atendimento ao público, sendo em vez de abrir as 10h passou para as 12h.
“A mobilização é nacional e decidimos em assembleia em atrasar o horário de abertura das agências. A nossa preocupação é por conta de que se aprovada a PEC- 55 terá menos infraestrutura para saúde e educação e também lutamos contra a terceirização. Vejo que é muito importante essa união que nesse momento faz muita diferença”, contou Ronaldo Ferreira, presidente do sindicato dos bancários.
Para a tarde a programação é de uma Aula Pública e Ato Cultural na frente do CEUD/UFGD, as 14h.
PEC-55 antiga PEC-241
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 25 de outubro, na segunda votação, com 359 deputados foram a favor, 116 contra e houve 2 abstenções. Foram 7 votos favoráveis a menos do que na primeira votação.
A ideia é que o crescimento dos gastos públicos seja totalmente controlado por lei. A proposta do governo é limitar esse crescimento apenas ao aumento da inflação. Alguns gastos até poderiam crescer mais do que a inflação, desde que houvesse cortes reais em outras áreas. Na prática, as despesas do governo não teriam crescimento real.
Esse teto de gastos ficaria em vigência pelos próximos 20 anos, a contar de 2017, mas o congelamento dos gastos público poderá ser revisado após 10 anos.
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