12/11/2016 08h00
Dourados tem 350 pessoas sob suspeita de fraude em programa
Ddos News
Dourados tem 350 beneficiários do Bolsa-Família suspeitos de receber os valores por meio de algum tipo de fraude, segundo mostra o ‘raio-x’ realizado pelo Ministério Público Federal. O valor desses repasses ultrapassa R$ 1,2 milhão pagos de maneira indevida.
Em Mato Grosso do Sul, 3,3% dos beneficiários foram identificados como suspeitos de irregularidades, valor que corresponde a R$ 28.154.364,00.
Os principais municípios onde os servidores encontraram irregularidades são Campo Grande, com 2.076 recebedores suspeitos, Corumbá com 415 e Ponta Porã, onde 449 são suspeitos de fraude.
De acordo com o Ministério Público, o raio-x foi desenvolvido em todo o Brasil de 2013 a 2016 e resultou em recomendações a 4.703 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a essas pessoas.
No país são 912 mil beneficiários do programa que não cumprem os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício.
Ainda de acordo com a análise do MPF, apenas 31 cidades não apresentaram indícios de pagamento suspeito.
O Rio Grande do Sul é o estado com maior número de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade (com 20 municípios na lista), seguido de Santa Catarina (com seis), São Paulo (com três) e Minas Gerais (com dois).
Dados
O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa. Os perfis suspeitos foram classificados em cinco grupos: falecidos; servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; empresários; doadores de campanha; e servidores doadores de campanha (independentemente do número de membros do clã familiar).
O projeto do MPF analisou todos os valores pagos pelo Bolsa Família no período de 2013 a maio de 2016.
Nesse ciclo, o programa pagou aos 21,5 milhões de beneficiários R$ 86,1 bilhões. Desse total de beneficiários, 912,6 mil foram considerados suspeitos.
O valor pago a perfis suspeitos foi de R$ 3,32 bilhões, sendo R$ 2,03 bilhões pagos a empresários; R$ 1,23 bilhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas; R$ 25,97 milhões pagos a beneficiários falecidos; R$ 11,89 milhões a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 11,48 milhões a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação). (Com informações MPF)




















