16/12/2016 11h30
Sem projetos, Bernal termina mandato com 50 mil pessoas na fila da habitação
Foram entregues 5.469 casas; investimento reduziu ano a ano
Correio do Estado
O prefeito Alcides Bernal (PP) vai terminar o mandato sem amenizar o problema do deficit habitacional em Campo Grande. Foram entregues, na gestão do progressista, 5.469 casas, número muito aquém da demanda. Na fila de espera da Agência Municipal de Habitação da Capital (Emha), há aproximadamente 50 mil famílias, conforme estima o presidente do órgão, Dirceu de Oliveira Peters. Os investimentos na área também foram reduzidos e não houve novo projeto para construção de moradorias nos últimos anos.
O número de pessoas na fila de espera da Emha compõe apenas parte do deficit habitacional de Campo Grande – isso porque nem todos que não têm moradia estão cadastrados na Agência. E mesmo não correspondendo à totalidade do deficit, a quantidade de pessoas cadastradas na Emha é praticamente o dobro dos que não tinham casa em 2010, ano do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, o deficit habitacional na Capital era de 25.682 moradias.
Além de o problema ser maior, os investimentos foram reduzidos. Nas previsões orçamentárias dos últimos três anos, a receita para os programas habitacionais em Campo Grande tem caído. No orçamento para 2015, foram previstos para a Emha R$ 26.700.291. Para este ano, o valor recuou para R$ 19.661.163, retração de 26%.












