20/01/2017 08h30
Moradores de casas populares na Capital acumulam dívida de R$ 46 milhões
Número é sete vezes maior que a receita da Agência de Habitação
Correio do Estado
A inadimplência no pagamento da prestação de casas populares em Campo Grande resulta em montante acumulado de R$ 46 milhões. O número, informado com exclusividade ao Correio do Estado, é sete vezes maior que a receita da Agência Municipal de Habitação (Emha) de 2016, totalizada em R$ 6,098 milhões. Para reduzir esse débito, a prefeitura prepara medidas diversas, entre as quais se destacam a negativação em órgãos de proteção ao crédito dos mutuários inadimplentes e implantação de programa de renegociação. Além disso, o município vai aumentar os valores das prestações como forma de melhorar o caixa da Emha.
A fonte de receita da Agência é o pagamento das prestações de casas populares. A inadimplência, neste sentido, afeta acentuadamente as ações da Emha e elevam a dependência do município quanto aos recursos externos na área habitacional. “Se a inadimplência fosse reduzida poderíamos, por exemplo, aumentar o número de unidades habitacionais com recursos próprios”, ilustrou o diretor-presidente da Emha, Eneias José de Carvalho Netto.
O valor devido pelos mutuários em atraso com as prestações é sete vezes maior que a receita da Emha, acumulada no ano passado. Conforme balanço orçamentário da Agência, publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), na edição do dia 18 deste mês, a receita realizada, em 2016, fpoi de R$ 6,098 milhões. São R$ 13,561 milhões a menos que a previsão orçamentária, de R$ 19,66 milhões.
