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Presidente do sistema prisional de MS põe cargo à disposição após operação

27/01/2017 19h02

Presidente do sistema prisional de MS põe cargo à disposição após operação

O diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) Ailton Stropa colocou o cargo à disposição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta sexta-feira (27) depois da operação Girve, do Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado (Gaeco).

“Sou uma pessoa que tem religião, tem uma vida para justificar, mas o governador vai ficar à disposição para avaliar se ele acha se é oportuna minha permanência ou não. Mas de qualquer forma eu vejo com muita tranquilidade e se houver alguma coisa que seja irregular, que seja ilegal, que seja apurado e que os responsáveis sejam punidos”, afirmou Stropa.

O Gaeco investiga ilegalidades que teriam sido praticadas durante Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul, direcionado a agentes penitenciários, ocorrido em abril de 2016, em Campo Grande.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nesta operação, que é um desdobramento da operação Xadrez, deflagrada no início da semana nos presídios de Corumbá.

Segundo o Gaeco, diretores da agência tiveram celulares apreendidos e foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa deles, em Campo Grande, Dourados e Aquidauana e na sede da Agência. Em uma das residências foram encontrados R$ 90 mil em dinheiro.

Além de Stropa, são investigados a Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), a chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), a Diretoria de Operações (DOP) e a chefia de Divisão de Trabalho.

Operação Xadrez

Na segunda-feira, o Gaeco deflagrou em Corumbá a operação Xadrez. Diretores dos presídios de regime fechado e semiaberto foram presos. Eles são investigados por suspeitas de facilidades a presos. Na cantina de uma das unidades penais vendia até maconha e lá foram apreendidos R$ 17 mil.

Outro suspeito de participar do esquema é o vereador Yousseff Mohamed El Salla, que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. Ele é dono de uma clínica de fisioterapia e investigado por fornecer atestados falsos para os presos saírem da prisão para tratamentos que não existiam.

Quando o Gaeco deflagrou a operação Xadrez, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que iria abrir investigação interna para descobrir se outros funcionários também teriam suspeita de envolvimento com facilidades para presos.

G1

Operação Girve investiga ilegalidades em treinos para agentes em 2016.
Divulgação

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