05/02/2017 18h06
Saúde fraca: estados limitam atendimento e paralisam obras
Situação mais grave é a do Rio de Janeiro, que tem dívida de R$ 2 bilhões só em contratos relacionados à saúde
Notícias ao minuto
A crise financeira que assola os estados brasileiros traz efeitos graves para a saúde pública em ao menos nove estados. Juntos, eles devem cerca de R$ 3,9 bilhões a fornecedores, entidades filantrópicas que prestam serviços a hospitais e a municípios com os quais têm convênios.
Há funcionários com salários atrasados, greves, obras paralisadas, falta de médicos, remédios, equipamentos hospitalares e até falta de refeições aos pacientes internados, de acordo com O Globo.
A situação mais grave é enfrentada pelo Rio de Janeiro. O estado tem um déficit de R$ 19 bilhões, sendo R$ 2 bilhões em dívidas na saúde acumuladas desde 2015.
O secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior, explicou que a prioridade é manter os atendimentos emergenciais. “Tomamos a decisão de focar o dinheiro que temos no atendimento emergencial e nas unidades de referência. Cortamos locação de carros, de imóveis e outros gastos administrativos da secretaria”, disse.
Em Minas Gerais, que fechou 2016 com deficit de R$ 8 bilhões, a dívida é de R$ 579 milhões. De acordo com o governo do estado, os pagamentos estão em dia, mas cerca de 25% dos servidores que ganham mais de R$ 3 mil estão recebendo em duas ou três parcelas.
O Rio Grande do Sul deve R$ 490 milhões a contratos relacionados à saúde. Os municípios gaúchos reclamam da demora para receber verbas estaduais que seriam utilizadas em postos de saúde e pequenos hospitais.
Já o Distrito Federal e o Amazonas decretaram situação de emergência. Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Tocantins, e Mato Grosso também têm pagamentos atrasados e ameaças de greves












