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sexta-feira, 15 de agosto, 2025
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PF age contra lavagem de dinheiro em MS e apreende carros de luxo e 67 mil

A PF (Policia Federal) realizou na manhã desta quinta-feira (29) nova operação, denominada Mamon, que visa desarticular quadrilha especializada na lavagem de dinheiro do tráfico de entorpecentes através de empresas de fachada.  A ação chegou a Mato Grosso do Sul, em Corumbá, onde apreenderam vários veículos, armas e dinheiro. Em MS, as ordens judiciais foram cumpridas na Cidade Branca, já mais proxima da fronteira com a Bolívia. A Mamon’ também teve agentes federais atuando em Belo Horizonte (MG) e Quinta do Sol (PR). 

Conforme a PF, as investigações que resultaram na Mamon miram grupo responsável por movimentar mais de R$ 20 milhões provenientes do tráfico de drogas e contrabando.  Nesta manhã, 15 mandados de busca e apreensão acabaram cumpridos de forma simultânea nas cidades alvo. Foi realizado o sequestro de quatro imóveis e de 61 veículos avaliados aproximadamente em R$ 8 milhões.  “A ordem judicial também determinou suspensão de atividades econômicas de quatro empresas de fachada, além do bloqueio de valores em contas bancárias. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal de Campo Grande”, registrou direção da PF em MS.

De acordo com divulgação da PF-MS, em Corumbá se apreendeu R$ 67.331 em espécie, três caminhonetes GM S-10, Audis A1, A3 e A5, esse conversível, Toyota Corolla, um Porshe Boxter, dois Ford Mustang, uma VW Amarok e duas armas não detalhadas. 

Ostentação

Segundo as investigações da PF, o grupo ostenta um elevado padrão de vida e se vale de um complexo esquema de lavagem de dinheiro, o qual envolve o sistema bancário, operadoras de crédito, cheques, compra e venda de veículos, e transações em espécie. 

Em Corumbá, a equipe da PF, esteve em alguns pontos da cidade, sendo um deles, em uma conveniência, localizada na rua Major Gama, Centro, e que pertence a um vereador. Outro ponto, fica localizado na rua Edu Rocha, bairro Aeroporto, onde funciona uma garagem revendedora de carros. Em uma residência, a PF arrombou a porta para cumprir o mandado de busca.

Laranjas

A operação Mamon aponta que “ficou evidenciada a utilização de ‘laranjas’ e empresas de fachadas para ocultação de bens e valores provenientes de diversos crimes como tráfico de drogas e contrabando.” Somente em 2020, eles teriam movimentado mais de R$ 20 milhões.

Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo suspeito se vale de um complexo esquema de lavagem de dinheiro, o qual envolve o sistema bancário, operadoras de crédito, cheques, compra e venda de veículos, e transações em espécie. Além disso, os integrantes ostentam um elevado padrão de vida.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de capitais (art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98) e organização criminosa (art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), cujas penas, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão.
 

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