PF prende quatro em operação que levou dono de loja de ‘luxo’ e carros milionários

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Material apreendido (foto: divulgação PF-MS)

A Polícia Federal e Receita Federal, realizaram na manhã desta quarta-feira (26), a Operação Harpócrates 2, em Campo Grande e outros municípios de Mato Grosso do Sul. A ação prende quatro investigados por organização criminosa especializada em contrabando de produtos importados do Paraguai. A operação levou um dono de loja de ‘luxo’ e carros milionários. O esquema de contrabando já havia sido alvo de operação em 2017. A PF e a RF, apontam hoje novamente, que a questão veio a voga, após a ostentação nas redes sociais, que colocou os investigados na mira de segundo processo.

Conforme a PF, se prendeu preventivamente (por tempo indeterminado) o empresário Rogério Reis, um dos donos da R3 Imports, loja de eletrônicos com unidades em Campo Grande e Chapadão do Sul. A força-tarefa investiga quatro pessoas envolvidas em esquema de contrabando de eletrônicos. Contudo, os outros nomes não foram divulgados.

A Operação Harpócrates 2, resultou na apreensão de pelo menos quatro carros, dentre eles um Porsche Boxster, avaliado em cerca de R$ 400 mil na tabela Fipe, e um Land Rover Evoque 2013 – modelos semelhantes são anunciados por mais de R$ 100 mil na internet. “O detido foi levado para a sede da Polícia Federal na Capital, prestou depoimento acompanhado de advogado e continuou preso. Ele seria o dono do Porsche. Já Natanael Barbosa, outro envolvido, foi interrogado e liberado”, disse assessoria da PF.

Para a Superintendência da PF , policiais federais e agentes da Receita, também levaram apreendidos produtos eletrônicos, quatro motocicletas elétricas, uma bicicleta elétrica e um patinete elétrico. Nesta quarta-feira, 62 policiais federais e 20 agentes da Receita foram às ruas de Campo Grande e Chapadão do Sul para cumprir 14 mandados de busca e fazer o sequestro de dois imóveis, veículos e valores existentes em contas bancárias dos quatro investigados.

PF prende quatro em operação que levou dono de loja de 'luxo' e carros milionários
Veículos apreendidos e exposto na sede da PF

Esquema antigo

Segundo a PF (Polícia Federal) e da Receita Federal, a ostentação nas redes sociais colocou os investigados na mira novamente ante ao até antigo esquema de contrabando, que já havia sido alvo de operação em 2017.

Para a investigação, o comércio de produtos importados sem o recolhimento de impostos nunca parou. A dinâmica só foi adaptada. Segundo a PF, os alvos usam doleiros para enviar dinheiro a fornecedores das mercadorias no Paraguai, importam os produtos sem o pagamento de tributos e para dar “legalidade” aos carregamentos usam empresas de fachada que emitem notas fiscais frias. Os eletrônicos são, depois, revendidos na Capital, no interior e pela internet, para todo o Brasil.

Fase 1 – Em dezembro de 2017, a R3 Imports foi alvo de buscas. À época, o empresário Rogério Reis divulgou vídeo no Instagram dando explicações. Ele dizia que a loja nada tinha a ver com fotos divulgadas mostrando armas, facas, dinheiro e soco inglês. “O único problema que tivemos aqui foi relacionado aos impostos de importação”, afirmou. O empresário disse ainda que já estava trabalhando na regularização da mercadoria apreendida