O Enfoque MS noticiou ontem o chamamento a terceiro protesto contra o governo federal, em especial a reforçar impeachment do presidente Jair Bolsonaro, ante diversos apontados crimes ou falta de gestão, em todo governo e principalmente na situação de caos pela Pandemia do Covid 19. E neste sábado (3), cerca de 2 mil pessoas estiveram em manifestação, que já ocorreu em Campo Grande, e foi antecipada e se ampliou devido, nesta semana, ser revelado possível corrupção em propina por compras de vacina contra o coronavirus. O protesto que ocorre ou ainda ocorrerá hoje pelo Brasil todo, também foi marcado em outros cincos municípios de Mato Grosso do Sul.
A manifestação da oposição ou do campo Progressista, de centro esquerda, ao presidente da República é uma reedição dos atos ocorridos em 29 de maio e 19 de junho. A pauta é pela retirado do Presidente, mas também pedem por vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e são contra o projeto de lei da reforma administrativa. Hoje, neste terceiro ato, a ação teve mais evolução de público, como ocorreu a menos de um mês, e ganha reforço de movimentos e partido de centro direita, como o MBL e Vem para rua, e de então apoiadores de Bolsonaro, como os deputados Joice Hasselmann, Kim Kataguiri e Alexandre Frota, dentre outros.
O presidente da CUT-MS, Vilson Gregório, um dos que puxava o ato em cima de trio elétrico disse: “São 15 milhões de desempregados e governo brincando de governar. Somos contra os ataques aos direitos dos trabalhadores. Queremos empregos, queremos comida, queremos vacina no braço. Não queremos vacina vencida. Fora Genocida. Fora Bolsonaro”, discursava.
A estudante Daniele Fernanda Nogueira, 19 anos, formava o manifesto., onde falou da situação da Pandemia e do que era ou é o atual presidente. “Ele é um desrespeito enorme com as pessoas que perderam seus entes queridos e eu acho que já chega, a gente precisa realmente se organizar pra, pelo menos, não eleger eles de novo, no mínimo. Vale a pena vim em um sábado de manhã lutar por uma causa que muita gente está sofrendo, todo mundo que puder vir, venha, temos que mostrar que a gente tem força”, reforça.

Os manifestantes, entre sindicalistas, jovens estudantes e famílias completas, gritavam toda forma de palavras, frases e ‘adjetivos’ contra Bolsonaro. O ato pacifico, apesar do momento trágico brasileiro, ainda tinha a alegria de musiquinhas em parodias para falar do objetivo do protesto.
Os manifestantes saíram da Praça do Rádio e percorreram as principais vias centrais da Capital – Afonso Pena, 14 de julho e Barão do Rio Branco, com retorno a Praça – com gritos de ‘guerra’ e canto, como “Bolosonaro, genocida” e “Bozovai cair”. Cerca de 20 sindicatos, associações e entidades estudantis participaram do protesto.
Os índios também se juntaram ao protesto de hoje na Capital, por causa de considerado mais um retrocesso, com o novo marco proposto por Bolsonaro. O participante da aldeia terena Córrego do Meio, em Sidrolândia, Genivaldo Antônio Santos, disse que a nova legislação vai dificultar a demarcação de terras. Cerca de 40 índios participaram da manifestação, que ele classificou como “histórica”.
Alguns consideraram que houve queda na participação, devido ao chamado de ‘última hora’ e tem férias escolares e houve a falta da participação, desta vez, da maior central sindical, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS). Mas, os organizadores não desanimaram e ratificaram novo protesto previsto para o último sábado deste mês, que em tese teria sido antecipado para hoje.




















