Capital protesta em reforço a Impeachment de Bolsonaro, após propina por vacina

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Inicio da manifestação na AVenida Afonso Pena Foto: Sérgio Souza Júnior/Divulgação)

O Enfoque MS noticiou ontem o chamamento a terceiro protesto contra o governo federal, em especial a reforçar impeachment do presidente Jair Bolsonaro, ante diversos apontados crimes ou falta de gestão, em todo governo e principalmente na situação de caos pela Pandemia do Covid 19. E neste sábado (3), cerca de 2 mil pessoas estiveram em manifestação, que já ocorreu em Campo Grande, e foi antecipada e se ampliou devido, nesta semana, ser revelado possível corrupção em propina por compras de vacina contra o coronavirus. O protesto que ocorre ou ainda ocorrerá hoje pelo Brasil todo, também foi marcado em outros cincos municípios de Mato Grosso do Sul.

A manifestação da oposição ou do campo Progressista, de centro esquerda, ao presidente da República é uma reedição dos atos ocorridos em 29 de maio e 19 de junho. A pauta é pela retirado do Presidente, mas também pedem por vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e são contra o projeto de lei da reforma administrativa.  Hoje, neste terceiro ato, a ação teve mais evolução de público, como ocorreu a menos de um mês, e ganha reforço de movimentos e partido de centro direita, como o MBL e Vem para rua, e de então apoiadores de Bolsonaro, como os deputados Joice Hasselmann, Kim Kataguiri e Alexandre Frota, dentre outros.

O presidente da CUT-MS, Vilson Gregório, um dos que puxava o ato em cima de trio elétrico disse: “São 15 milhões de desempregados e governo brincando de governar. Somos contra os ataques aos direitos dos trabalhadores. Queremos empregos, queremos comida, queremos vacina no braço. Não queremos vacina vencida. Fora Genocida. Fora Bolsonaro”, discursava.

Vídeo de Sergio Almeida – enviado via WhasApp ao Enfoque MS

A estudante Daniele Fernanda Nogueira, 19 anos, formava o manifesto., onde falou da situação da Pandemia e do que era ou é o atual presidente. “Ele é um desrespeito enorme com as pessoas que perderam seus entes queridos e eu acho que já chega, a gente precisa realmente se organizar pra, pelo menos, não eleger eles de novo, no mínimo. Vale a pena vim em um sábado de manhã lutar por uma causa que muita gente está sofrendo, todo mundo que puder vir, venha, temos que mostrar que a gente tem força”, reforça. 

Capital protesta em reforço a Impeachment de Bolsonaro, após propina por vacina
Foto: Silvia Zanatta.

Os manifestantes, entre sindicalistas, jovens estudantes e famílias completas, gritavam toda forma de palavras, frases e ‘adjetivos’ contra Bolsonaro. O ato pacifico, apesar do momento trágico brasileiro, ainda tinha a alegria de musiquinhas em parodias para falar do objetivo do protesto.

Os manifestantes saíram da Praça do Rádio e percorreram as principais vias centrais da Capital – Afonso Pena, 14 de julho e Barão do Rio Branco, com retorno a Praça – com gritos de ‘guerra’ e canto, como “Bolosonaro, genocida” e “Bozovai cair”. Cerca de 20 sindicatos, associações e entidades estudantis participaram do protesto.

Os índios também se juntaram ao protesto de hoje na Capital, por causa de considerado mais um retrocesso, com o novo marco proposto por Bolsonaro. O participante da aldeia terena Córrego do Meio, em Sidrolândia, Genivaldo Antônio Santos, disse que a nova legislação vai dificultar a demarcação de terras. Cerca de 40 índios participaram da manifestação, que ele classificou como “histórica”.

Alguns consideraram que houve queda na participação, devido ao chamado de ‘última hora’ e tem férias escolares e houve a falta da participação, desta vez, da maior central sindical, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS). Mas, os organizadores não desanimaram e ratificaram novo protesto previsto para o último sábado deste mês, que em tese teria sido antecipado para hoje.

Gravação: Silvia Zanatta – Campo Grande-MS pelo #ForaBolsonaro #VivaoSUS #Vacinaparatodos