Publicado em 14/04/2017 06h40
“Maior bomba não-nuclear” lançada pelos EUA matou 36 membros do EI, diz Ministério de Defesa do Afeganistão
Artefato atingiu túneis e cavernas usados pelo grupo jihadista, de acordo com porta-voz
R7
Trinta e seis suspeitos integrantes do grupo jihadista EI (Estado Islâmico) foram mortos após os Estados Unidos lançarem sua maior bomba não-nuclear no Afeganistão nesta quinta-feira (13). A informação é do Ministério da Defesa do Afeganistão, de acordo com a agência Reuters. Segundo informações da rede CNN, a bomba GBU-43 ou Moab (Massive Ordnance Air Blast), também conhecida como “a mãe de todas as bombas”, pesa quase 10 toneladas e pode destruir tudo em um raio de centenas de metros.
Dawlat Waziri, porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão, disse que nenhum civil ficou ferido após a explosão da bomba GBU-43. Ele explicou que o artefato norte-americano atingiu túneis e cavernas usados por membros do EI. Antes da confirmação do Ministério da Defesa do Afeganistão, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, já havia informado que o objetivo do ataque era acertar túneis e grutas do grupo jihadista.
A Província de Nangarhar, alvo do lançamento da bomba, concentra a atuação de militantes do EI no país asiático. Há pelo menos dois anos a milícia tenta instalar uma base nessa zona oriental do Afeganistão e nesse período realizou diversos atentados, inclusive um que matou cinco pessoas em frente ao Ministério da Defesa, em Cabul. Em declarações na Casa Branca, o presidente Donald Trump disse estar “muito orgulhoso do Exército do país”, e informou que deu total autorização para que o Pentágono prosseguisse com a operação.
O general John Nicholson informou que, à medida em que o Estado Islâmico vai sendo enfraquecido, o grupo tem usado bombas de fabricação caseira, muitas delas armazenadas nestas estruturas que o Pentágono atingiu com o ataque desta quinta-feira.
Esta é a segunda ação militar unilateral dos Estados Unidos em uma semana. Na sexta-feira passada (7), o governo atacou uma base na Síria, em reação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de mais de 80 pessoas naquele país.
