Publicado em 11/05/2017 13h45
Filho de Puccinelli também é levado à PF em operação contra esquema
Agentes o abordaram no Condomínio Damha
O filho do ex-governador André Puccinelli, o advogado André Puccinelli Junior, também teria sido conduzido por agentes da Polícia Federal hoje de manhã até a Superintendência da PF. Conforme apurado pela reportagem, ele teria sido abordado por agentes em sua residência, no Condomínio Damha, em Campo Grande.
Além de André Puccinelli, outro alvo de cumprimento de mandado de condução coercitiva seria a esposa do dono da Gráfica Alvorada, Mirched Jafar Junior, que não teve o nome divulgado. No caso do ex-governador, ele foi levado para prestar depoimento na Superintendência e, em seguida, conduzido para colocar tornozeleira eletrônica na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen).
Foram expedidos dois mandados de prisão preventiva, sendo que dois deles foram cumpridos contra o dono da Gráfica Alvorada e o ex-secretário adjunto de Fazenda na gestão de Puccinelli, André Cance. Terceira ordem judicial teria sido cumprida na cidade de Bonito, contra Mauro Cavalli, pecuarista que atuou na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, também durante a administração de André.
Um dos locais onde se cumpre mandados expedidos pelo Poder Judiciário é no Edifício Golden Tower, localizado na Avenida Afonso Pena, no centro da Capital.
4ª Fase da Operação Lama Asfáltica
Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deflagram hoje a quarta fase da Operação Lama Asfáltica – Máquinas de Lama. Objetivo da ação policial é desarticular organização criminosa que desviou recursos públicos com direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, aquisição falsas ou ilícita de produtos e corrupção de servidores. A estimativa é de que o prejuízo causado aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 150 milhões.
Ao todo, são cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva, 32 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
A ação conta com participação de 270 agentes, entre policiais, servidores da CGU e da Receita Federal e acontece nas cidades de Campo Grande (MS), Nioaque (MS), Porto Murtinho (MS), Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).
Esta nova fase da investigação resulta da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores. De acordo com a polícia, são evidentes as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos falsos que justificavam a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos.
Os valores repassados a título de propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. As investigações demonstraram ainda que estas negociações eram, em sua maioria, falsas e simulavam origem lícita aos recursos, razão pelo qual a operação recebeu o nome de Máquinas de Lama.
Investigações também apontaram novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores e tentativa de lavagem de dinheiro, bem como a obtenção de benefícios e isenções fiscais.
Correio do Estado
